Guerra fria chegando à América Latina. Aos poucos percebe-se um deslocamento da guerra fria entre EUA e Rússia. Os países mais poderosos do planeta, que disputam posições no Oriente Médio, parecem iniciar uma campanha pelo domínio da região atualmente mais promissora no quesito recursos naturais e principalmente água. O presidente russo Vladimir Putin cada vez mais estreita seus laços de amizade com Hugo Chaves, fechando acordo após acordo de fornecimento de armamento, ao mesmo tempo em que traça planos para a implantação de uma base militar em Cuba. O governo iraniano, aliado declarado de Putin, é um grande investidor em mineração na Bolívia, de onde pretende adquirir combustível para seus reatores nucleares para fins “pacíficos”.
Mas os americanos não querem perder território nessa guerra silenciosa, o secretário de Defesa Norte americano Leon E. Panetta estará durante essa semana em viagem por vários países da América Latina para expor os planos americanos no intuito de “(…) fortalecer instituições de defesa multilateral na região e apoiar o crescimento de instituições de defesa profissionais e amadurecidas.” Os funcionários do Ministério da Defesa dos EUA buscam também fortalecer as instituições multilaterais de Defesa na região, onde muitos países, dentre os quais Uruguai, Peru, Argentina, Brasil e outros são o que o funcionário do Ministério da Defesa chamou de "exportadores de segurança". Esses países, disse ele, contribuem significativamente para a segurança regional e global, inclusive com tropas de pacificação para a ONU, além de ajudarem a construir capacidades e treinarem polícias e forças armadas na América Central e em outros pontos.
Panetta em reunião com o presid. peruano. Foto: AP publicidade
Segundo o Secretário norte americano: "EUA e Colômbia coordenarão ações para alavancar recursos e capacidades para construir capacidades efetivas e circunstâncias de treinamento e outras, na América Central e em outros pontos". "Os Estados Unidos são parte da grande família da América e enfrentamos desafios comuns como o terrorismo, o trafico de drogas, a ajuda humanitária em desastres, a proteção de direitos marítimos e todo isso exige união para poder enfrentar esses desafios", disse. Um funcionário da comitiva americana disse aos jornalistas que os EUA e Canadá já estão trabalhando em plano específico de Defesa, para a América Central. "Estamos trabalhando em várias frentes, conforme orientação do secretário e nos termos da Orientação Estratégica para Defesa do Hemisfério Ocidental, para desenvolver abordagens inovadoras e parcerias inovadoras que nos capacitem a enfrentar desafios que sabemos que são muito complexos, e que enfrentamos no Hemisfério" – disse o funcionário. Como parte do esforço para apoiar o crescimento de instituições de defesa maduras e profissionais, o secretário Panetta, oferecerá ao Peru a possibilidade de o país unir-se como parceiro dos EUA num programa chamado "Conselheiros do Ministério da Defesa", Ministry of Defense Advisers, MODA. O programa MODA é ativo no Afeganistão. Agora o Departamento de Defesa o está expandindo para outros países, como o Peru e Montenegro. https://sociedademilitar.com |