Insurreição MILITAR e prisão de Enzo, Saito e Moura Neto. Como assim?
Recebemos informação de que ha certo "movimento" em sentido oposto à mobilização democrática que têm levado milhares de pessoas às ruas para se manifestar contra a corrupção que assola nosso país.
Como temos recebido e-mails comentando sobre o caso, vejamos: Se trata de uma convocação, seguida de uma espécie de abaixo assinado dirigido, ao que parece, aos militares, da ativa e reserva. De forma irresponsável o texto os convoca a uma insurreição militar.
O autor do Texto cita a reunião ocorrida em Quito, que tratou de assuntos como a instituição do espaço aéreo aberto entre países da UNASUL, como uma espécie de estopim motivador de tal insurreição. Não teceremos aqui juizo de valor sobre a questão do espaço aéreo único ou das escolas militares comuns, tambem mencionadas na reunião, iniciativas com as quais também não concordamos. Mas vale mencionar que essas questões não são nenhuma novidade. A União Européia já mantém o projeto chamado "céu único europeu", e não tem maiores problemas com isso. E o Brasil já abriga em seus centros de ensino e adestramento militar vários militares de nações como Venezuela e até da África. Portanto, nada disso pode ser considerado como algo tão escabroso assim.
O crime de MOTIM é prescrito no Código Penal Militar, em seu artigo 149. A pena vai de 4 a 8 anos com aumento de um terço para os lideres.
O crime de REVOLTA é prescrito no Código Penal Militar, no artigo 150 e a pena também vai de 4 a oito anos.
Tomar conhecimento de que alguma conspiração está em andamento e não informar às autoridades superiores o planejamento de tal ação também é crime, prescrito no artigo 151 do CPM. A pena vai de 3 a 5 anos de reclusão.
Gostaria eu de ter a permissão para nos lançar nas águas da loucura, dos pesadelos e das falácias. Mas, vivemos em um mundo real, e sempre ha sim pessoas que podem ser influenciadas por nossas palavras. Se não por uma fraqueza intelectual, por algum transtorno mental causado sabe-se lá por que motivo. Por isso sempre ha que se tomar cuidado com o que se escreve, principalmente em um veículo público. Sabemos que sites como Alerta Total, Militar.com e outros, republicaram textos de S. Pires, que sempre produziu material bastante sensato. Mas, que nesse momento não pode contar com nosso apoio, em virtude de estar incitando colegas de farda a cometerem ações que podem gerar conseqüências fatídicas para eles mesmos e para outras pessoas.
Sim, sabemos que os extremistas, que existem em ambos os lados da questão, atacarão o autor, a revista online e ate os militares. Mas, são ossos do ofício. Se o patrulhamento ideol[ogico da esquerda nunca intimidou, outros também não conseguirão. A revista não tem fins lucrativos e é mantida de forma inteiramente privada. Continuaremos discutindo aqui, duramente, a destruição moral e institucional que a esquerda têm realizado no Brasil. Pois nossa proposta é defender a liberdade, a meritocracia, a propriedade privada e a democracia. Sim, defendemos a intervenção militar, a que aconteceu em 1964. Esta se coaduna com a função institucional das Forças Armadas que, dentre outras, é garantir a ordem e defender a pátria contra inimigos externos. Naquele momento, e nos anos que se seguiram, o mundo atravessava um período conturbado, muitos países eram submetidos ao jugo cubano-soviético, foi uma ação precisa e graças a ela podemos viver até hoje em uma democracia.
Os militares podem fazer novamente a mesma coisa? Difícilmente. O mundo é completamente diferente daquele dos anos 60 e 70 e uma intervenção militar só ocorreria aqui num caso extremo, se as instituições estivessem totalmente falidas. O que não e o caso.
Nossas frustrações políticas não podem ser resolvidas a força.
Os cariocas deram um grande exemplo, Bolsonaro foi o deputado mais votado, estabelecendo-se um pilar democrático no Congresso. Os paulistas fizeram o mesmo, colocando seu filho também no Congresso, e outros democratas. As coisas estão mudando. Mas isso pode ser ampliado.
Repetimos. Vão para as ruas, se manifestem, invistam seu dinheiro de forma sistemática e façam uma contra ofensiva em resposta a doutrinação ideologica realizada pela esquerda. Reclama-se na internet e se diz: _sou de direita ou – sou conservador o tempo todo, mas no momento de boicotar as empresas que financiam a esquerda poucos são capazes de agir de forma corajosa, abandonando suas novelas e telejornais preferidos ou deixando de comprar a revista ou jornal chapa branca. Alguém tirou seu filho da escola por que não concorda com a maneira que é ensinada a história dos anos 60? Alguém desiste de ir ao show financiado pela lei Rouanet?
Agora é preciso lembrar que os políticos que estão no controle do Brasil chegaram onde estão com a permissão da sociedade, que preferiu permanecer em frente de suas TVS enquanto a esquerda trabalhava dioturnamente. A sociedade parece que agora aos poucos desperta, mas a virada, que certamente vai acontecer, não será de forma instantânea.
O caminho político mais eficaz retirar o PT do poder é a massiva divulgação de suas falcatruas. Faça-se a desestabilização da legitimidade do governo por meio da indústria de notícias, não inventem nada. Basta martelar seguidamente, incansavelmente, os muitos fatos negativos e logo a opinião pública estará voltada contra o governo em exercício. Se for preciso usem a mídia paga, aluguem outdoors, façam panfletagem, distribuam livros que esclareçam a sociedade etc. Se a oposição estiver mesma disposta a vencer a guerra, colocará a mão no bolso e dedicará sua vida a mudar esse país para melhor.
O que aconteceu nas últimas eleições presidenciais nos mostrou que a direita mobilzada pode sim mudar esse país.
Extrato do texto publicado em vários sites: “venho, publicamente, conclamar a todos os militares da ativa e da reserva para que se inicie o movimento de insurreição e os senhores sejam considerados TRAIDORES da Nação em função de sua negligência e covardia em ação. Provocados estão, portanto, a Polícia do Exército, Aeronáutica e a Companhia de Polícia da Marinha no sentido de que os senhores sejam imediatamente PRESOS para instrução do devido Inquérito Militar Policial Militar.”
Em um dos sites que postou o artigo vemos comentários como esse: "infelizmente para a derrocada total da nação uma insurreição dentro das Forças Armadas Brasileiras está descartada. Os jovens oficiais e sargentos são todos carreiristas estão apenas preocupados em chegarem (sic) ao topo do posto ou graduação."
Não. Os jovens oficiais e sargentos fizeram juramento de cumprir as leis e regulamentos em vigor e a esmagadora maioria serve realmente a patria com amor pelo que faz. E isso não significa que vão agir de forma inconsequente contra as próprias instituições a que servem.
Militares são assentados sobre dois pilares principais, disciplina e hierárquia, e qualquer movimento que ignore isso tende a fracassar ainda na gênese. Pra quem não sabe, o movimento democrático de 1964 não foi realizado por meio da quebra de hierarquia e indisciplina.
Seria muita ingenuidade acreditar que militares profissionais, da ativa, ou mesmo da reserva, vão se juntar, conspirar e levantar armas contra seus próprios colegas e, além de praticar crimes, colocar em risco a integridade física de companheiros de farda e até de civis. A democracia é lenta, mas não adianta pular etapas. Passaríamos um longuíssimo tempo, depois do caos, arrumando a casa e curando feridas. Não se vislumbra nenhuma justificativa para que a ordem democrática seja quebrada. Militares não são imponderados, e não arriscarão lançar o país em uma prolongada guerra intestina, cujas conseqüências já descrevemos aqui.
Robson A.D. Silva – https://sociedademilitar.com.br