A loucura tomou conta do país. A decepção tem feito algumas pessoas transitar entre a realidade e a utopia. Gente correndo pelada, oficiais de araque e até grupos pregando Morte aos Comunistas. Alguém pode levantar a placa “Precisa-se de um LÍDER”?
Em momentos de crise, grande comoção, ou politização da sociedade, ha sempre o risco de que surjam radicais. Radicalismo gera mais radicalismo. Já ouviram falar em Malta? Resumidamente falando, é um grupo de maria-vai-com-as-outras que se junta e age de forma irresponsável e covarde se escorando na multidão que age igual. Quem trata muito bem desse assunto é Elias Canetti, teórico que todo pretenso ativista devia ler.
O ativismo político no Brasil até bem recentemente era propriedade particular da esquerda, por esse motivo os loucos e extremistas radicais, como o que cuspiu em idosos em frente ao clube militar e os vândalos que quebram vidraças e matam cinegrafistas, eram quase sempre sua exclusividade. Contudo, vivemos novos tempos, a sociedade esclarecida chegou ao limite de sua paciência e aos poucos sai de dentro de casa. A maioria se atém a protestos racionais, são apologetas da mudança por meios democráticos e racionais. Mas, ha uns poucos que nos mostram que já ha necessidade de auto-policiamento. Se isso não for feito rapidamente, ha sério risco de que ponha-se tudo a perder, e até que essas pessoas acabem gerando situações lamentáveis e/ ou irreversíveis.
Como se não bastasse o árduo papel de orientadores nessa árdua jornada para a construção de uma oposição verdadeiramente fundamentada, os teóricos que constroem a oposição literalmente lutam agora, curiosamente, para aplacar os ânimos desses mais exaltados.
Por incrível que pareça, ha gente que fala abertamente em matar, guerra e “liberdade ou norte”. Destilam o ódio como se o país já vivesse uma situação de total descontrole e falência das instituições. Estes acabam por fornecer combustível para ataques mortais da esquerda.
Nenhum grupo, nenhum partido, de direita, centro ou esquerda, legalizado ou em formação, pode compactuar ou permitir a presença de pessoas com esse tipo de comportamento. “Gerentes” de manifestações, que geralmente discursam em cima dos carros de som, também têm que se apressar em acabar com isso. Esse talvez seja o lado obscuro e mais perigoso da nova oposição em formação, onde alguns fazem incitação ao crime, à reação armada e imposição de ideias.
Para esse tipo de extremista qualquer um que prefira a via democrática, é um covarde, fraco, desinformado etc.
Observamos também que os RADICAIS agem exactamente da mesma maneira que aqueles que dizem combater. Tentam impor seu pensamento e se voltam contar aqueles que não os seguem, taxando-os de covardes, corruptos e traidores.
Nunca compactuaremos com qualquer incitação a violência e formação de grupos paramilitares. Lembremos sempre que Verdade e honestidade são princípios inegociáveis. Defendemos o direito de expressão sim.
Que cada um peça nas ruas o que desejar: impeachment e julgamento de membros do governo, a volta dos generais e até à invasão de marcianos salvadores. Isso é um direito constitucional e deve ser preservado. Da mesma maneira que deve ser preservado o direito de discordar e debater as opiniões expostas nas ruas.
Por conta desse debate ultimamente a Revista Sociedade Militar, publicação das mais vigilantes e rigorosas em relação à atuação do atual governo, tem sido criticada por alguns mais radicais, ou precipitados, talvez. Manteremos essa linha de ação, alcançamos algumas centenas de milhares de pessoas semanalmente, e seria irresponsabilidade de nossa parte agir de outra forma.
Veja aqui o texto CONSEQUÊNCIAS DE UMA INTERVENÇÃO MILITAR.
Tempo e esforço, que poderiam ser aplicados em ações no sentido de combater o projeto totalitário em curso, acabam por ser despendidos nesses atrapalhos, que poderiam ser evitados apenas com um pouco mais de maturidade. Contudo, cabe sim aos formadores de opinião aparar essas arestas ainda na gênese.
Todo nosso apoio a eles.
Vejam abaixo algumas imagens incitando o ódio. Elas não partem de esquerdistas. Foram colhidas no twiter e Facebook e são dignas da mais veemente reprovação.
O general Paulo Chagas diz em sua mensagem de vídeo.
… A rejeição e a contraposição ao projeto de poder total em curso no Brasil devem ser feitos pelo emprego prioritário dos argumentos e da exigência feita às autoridades e aos representantes da oposição no Congresso de que haja investigação e comprovação dos malfeitos que empobrecem a nação e que querem submetê-la aos propósitos do Foro de São Paulo, inspirados no modelo castrador, incompetente e ultrapassado pelo qual a família Castro distribui a pobreza e aprisiona a liberdade ma ilha de Cuba. Nenhuma ditadura serve para o Brasil. Vivemos portanto, empenhados pela preservação dos princípios liberais da democracia brasileira, de forma a impedir que aqui se instale o regime obscuro que já se instalou em alguns de nossos vizinhos.