IRRITADO com menções a INTERVENÇÃO MILITAR até pela ESQUERDA, GENERAL perde a linha e NOVAMENTE fala contra MILITARISTAS
Sabemos que a esmagadora maioria dos autodenominados intervencionistas se limita a fazer o que é permitido por lei, divulgam a sua posição e lutam para angariar adeptos para sua causa. É inegável que grande parte deles são incômodos e insistentes. Lotam os fóruns de sites militares, acampam por período incrivelmente longo em frente a quartéis, enchem as caixas de emails de generais com seus pedidos de intervenção e chamam de comunista qualquer um que discorde em um centímetro de sua visão de que alguem pode tornar o BRASIL – em pleno séc. XXI! – um país comunista.
RADICAIS DE DIREITA
Alguns poucos, os mais barulhentos, são realmente radicais de direita. Atuam de forma semelhante à esquerda que alegam combater. Por eles foram criadas REDES ONLINE, onde distorcem a sua maneira informações publicadas por membros das forças armadas e assim mentem seguidamente, marcando datas para intervenção militar – (foram dezenas de datas marcadas ao longo dos últimos 3 anos); outros dizem que mantém contatos com militares do alto comando, até chegaram ao cumulo de “convocar a reserva” para se manifestar em Brasília, como se tivessem esse direito. Um outro grupo, mais radical, este sim digno de ser vigiado de perto, grita frases como “liberdade ou morte” e “morte aos comunistas” e até fez um cadastro de voluntários e suas especialidades para que sejam utilizados pelas forças armadas “quando ocorrer a intervenção militar”.
Alguns sites sensacionalistas, como citado acima, com fins exclusivamente comerciais publicam textos que somente alimentam as expectativas dos militantes pró-intervenção militar mantendo-os como leitores assíduos de suas “informações”.
No BRASIL de hoje é permitido fazer apologia a praticamente qualquer coisa. Nunca se ouviu, por exemplo, um comandante da ativa dizendo que os que marcham pela liberação da maconha são LOUCOS, ou que esquerdistas fanáticos que queimam bandeiras do BRASIL, falam em atear fogo no país ou chamam o atual presidente de GOLPISTA são marginais.
Atacar a sociedade honesta e trabalhadora que não está ligada a nenhum sindicato ou “movimento social” é sempre masi fácil. Chamar intervencionistas de tresloucados obviamente não causará um quebra-quebra ou uma invasão de prédio público.
Chamar membros do MST de loucos causaria isso, chamar o MTST ou CUT de marginais talvez causasse a invasão do Ministério da Defesa
É fato que a sociedade aos poucos perde o resto de fé que possui nas instituições e acaba abraçando a única opção que lhe surge, por isso acaba interpretando essa “intervenção militar” como se fosse algo mágico e que os militares pudessem instantaneamente acabar com toda a corrupção do país e enviar os corruptos para uma ilha bem distante.
Diante da situação que vivemos – inimaginavel para a mais fértil das mentes humanas – alguém pode culpá-los por desejar a sua maneira uma espécie de reinício?
As relações institucionais vivem uma loucura completa e o comandante chama cidadãos de loucos? O Chefe do LEGISLATIVO se nega a receber uma intimação e são os cidadãos os loucos?
CLUBE MILITAR
Como mencionado pela Revista Sociedade Militar, até em textos publicados pelo CLUBE MILITAR percebe-se alguma apologia a chamada intervenção militar. Em um dos textos encontrados no site do clube, de autoria de Armando Bartolomeu de Souza, que se identifica como integrante da Central de Coordenação e Apoio de Intervencionistas (CCI), o autor apresenta a intervenção como última opção para salvar o país.
“… Não resta dúvida sobre o patriotismo, o preparo e a bravura das Forças Armadas. Rezemos apenas para que essa Intervenção Constitucional Militar não seja necessária. Mas se for, que os nossos militares não demorem a intervir, pois cada instante de atraso significará perdas irreparáveis para o Brasil e para cada um dos brasileiros.”
Não acreditamos que o comandante do EXÉRCITO, sempre tão ponderado, perderia a linha sem uma motivação maior do que ser assediado por intervencionistas ou ouvir na TV um grupo mais radical pedindo um general no CONGRESSO NACIONAL.
Ou essa conclusão só veio depois que a esquerda começou a alardear que as condições estão “desenhadas” para ocorrer a INTERVENÇÃO?
Alguns poderiam interpretar a fala do general – normalmente o único dos comandantes qeu se pronuncía – como uma indicação de que a coisa toda está prestes a explodir?
“Eu avisei (ao presidente e ao ministro) que é preciso cuidado, porque essas coisas são como uma panela de pressão. Às vezes, basta um tresloucado desses tomar uma atitude insana para desencadear uma reação em cadeia“
Como já reiteramos aqui, a maioria dos militares com um pouco mais de consciência sabe que em nosso país uma guerra intestina pode durar até mais de uma década. Muita gente poderia morrer, sem contar o atraso que isso nos causaria. Por isso precisamos evitá-la a qualquer custo.
Nós sabemos que o caos é tudo que deseja uma multidão de esquerdistas fanáticos, incluindo alguns daqueles que foram derrotados no passado. Vivemos um momento importante, onde a sociedade que antes se mantinha alheia à questões pol[iticas entendeu que é necessário se manifestar, tomar partido.
Para a esquerda, em fim de “vida util”, uma ação precipitada como a pedida viria a calhar. Não perderiam a oportunidade de se consagrar definitivamente como heróis da “democracia”.
35% dos BRASILEIROS
Quem tem a visão mais completa do possível desenrolar dos acontecimentos em caso de intromissão dos militares são os próprios militares, e não o cidadão comum. Este acredita que a intervenção é uma espécie de mágica e que os militares seriam os governantes perfeitos para dar o “reset” no Brasil.
O cidadão comum não tem como compreender a complexidade de uma ação de tal magnitude.
Seriam os intervencionistas loucos mesmo? Pesquisa recente divulgada pelo Instituto Paraná, mostra que 35% dos brasileiros defendem a chamada “intervenção militar”.
Pesquisa do Instituto Paraná – link: https://www.paranapesquisas.com.br/
Até que ponto alguém tem o direito de chamar de tresloucados esse grupo, na medida em que militares de alta patente, como o presidente do Clube MILITAR, publicam textos que dão a entender que as Forças Armadas poderão agir sim a pedido do povo? Vejam um extrato do texto de hoje (12/12/2016) do clube dos oficiais do Exército, presidido por um General.
” O que mais ansiamos hoje é que esses irresponsáveis, do alto de sua ambição desmedida, num rasgo de consciência, lembrem-se que a um povo não pode ser negada a chance de uma saída para suas dificuldades. Acuá-lo pode ser muito perigoso. Ao menos permitam que resolva seus problemas por si só. Deixem espaço para que haja escoamento. Do contrário o caminho será aberto à força. Com todas as consequências.“
Não basta falar mal dos militantes pró-intervenção, na verdade isso pode acabar os atiçando mais ou fazendo com que interpretem mais uma vez de forma equivocada as palavras ditas pelos generais.
TRATAMENTO VIP PARA UNS E PARA OUTROS NÃO
Nesse país estamos acostumados a ver as lideranças de esquerda comparecer ao Planalto para que autoridades lhes peçam colaboração ou lhes explique o que deve acontecer.
Villas Bôas diz que a coisa é seria, que até já avisou MICHEL TEMER. Portanto, a coisa deve estar bem pior do que o cidadão comum pode perceber. O general diz que a chance de intervenção é zero. Mas, depois deixa a fala complicada falando que alguém pode “desencadear uma reação em cadeia”. A chance é ZERO, mas pode acontecer algo GRANDE! O que seria essa reação em cadeia?
Se os comandantes militares acreditam que as coisas devem ser resolvidas da forma convencional e que os militantes pró-intervenção podem atrapalhar o andamento das coisas – se é que algo está caminhando pelo rumo correto – é necessário avaliar se não seria de bom tom que as lideranças intervencionistas sejam convocadas ao Palácio do Planalto ou Ministério da Defesa e que lhes seja explicado realmente o que diz a nossa legislação a respeito das atribuições das Forças Armadas e a total impossibilidade destas assumirem o controle do país em pleno sec. XXI.
Veja aqui: As consequencias de uma INTERVENÇÃO MILITAR
Revista Sociedade Militar