Polêmica na FAB – Acusações e respostas sobre denúncias anônima que cita nomes importantes da FORÇA
Revista Sociedade MILITAR – exclusivo – Informações circulam por todo o país e que dão dados sob um prisma intra-corporis informando que o COMANDO da Força Aérea Brasileira estaria gastando indevidamente dinheiro público e que 30 milhões foram “pelo ralo” por conta de decisões irracionais e precipitadas a respeito de reformas em bases aéreas e transferências de efetivos.
O texto também cita oficiais generais e superiores e dá dados que, se verídicos, mostram que militares da corporação podem estar usando das prerrogativas de oficial general para acumular bens ilicitamente. Os nomes aqui serão acultados, já que se trata de denúncia anônima.
Alguns trechos da denúncia.
Mais abaixo a resposta da FAB.
A Revista Sociedade Militar recebeu em seguida um texto que é obviamente uma tentativa de esclarecimento. Nota-se que a resposta contém palavras em tom bastante ríspido, algo incomum em documentos oficiais. O texto em certo momento acusa o "delator" de ser um militar da ativa que se sentiria desprestigiado por não ter ascendido ao posto de brigadeiro. Portanto, implicitamente diz que o autor da delação seria um CORONEL ANTIGO.
No texto constam ainda sugestão para que os ofendidos tomem medidas judiciais e uma promessa de que em breve o autor da denúncia será identificado e punido. "nosso acusador, que ainda não o conhecemos (“ainda”) "
ESCLARECIMENTO N 1 – 25/FEV/2017 10h:00 – DENÚNCIA ANÔNIMA
Circula na Internet tão longa quanto infundada denúncia de uma anônima covardia que tenta, pela segunda vez, desmerecer a Concepção Estratégica Força Aérea 100, trazendo em seu perverso anonimato afirmações desprovidas de qualquer traço de verdade, ofendendo a honra e a reputação de um sem-número de oficiais-generais da Força Aérea Brasileira, iniciando pelo seu Comandante.
Ainda que não devêssemos voltar nossa atenção para comentários desclassificados pela falta de provas e elaborados por quem busca sabotar a Força Aérea por despeito; neste caso, levando em consideração que possa ser oriundo da lavra de algum componente de nosso efetivo, da ativa ou não, em hipótese alguma podem ser aceitos, ampliados que foram em seis páginas e distribuídos, a esmo, pelas redes sociais.
Para entendermos o perfil de nosso acusador, que ainda não o conhecemos (“ainda”) é bom que relembremos que o processo de escolha daqueles que haverão de compor o nosso efetivo, e de suas conseqüentes promoções na jornada da carreira, considera, desde o ingresso, os possíveis estilos decisório e de liderança e, com muito zelo, os seus perfis comportamentais.
Ainda que a razão seja a mola propulsora de uma Força Aérea, os valores relacionados ao afeto são bastante considerados em nossos processos: a eficiência, a objetividade e a performance não são mais importantes, em nossas avaliações de desempenho, do que a empatia, a adaptabilidade, a confiança, o conhecimento de seus limites, a resiliência, o conformismo e o inconformismo.
A carreira das armas, piramidal por natureza e meritocrática por essência, não possibilita que todos galguem, ainda que a grande maioria esteja para isso capacitada, os postos finais.
Nós, os militares, amadurecemos ao enfrentarmos os conflitos e, como cidadãos, crescemos ante as adversidades que a vida muitas vezes nos impõe. Para ambos os casos, usamos recursos internos pessoais, oriundos do berço familiar e da formação castrense, como ferramentas para encararmos essas situações.
A experiência tem mostrado, contudo, que mesmo diante de todo o preparo a que nos submetemos, como seres humanos, falíveis por natureza, por vezes encontramos aqueles que, vítimas de um empobrecimento psicológico, desencontram-se da resiliência e convidam o inconformismo como companheiro de desastrosa viagem diante de uma adversidade.
A adversidade neste caso soa próximo a uma não aceitação de decisão tomada pelo excelso colegiado de nossa Força, mais precisamente o seu Alto-Comando.
Poderíamos discorrer em defesa dos onze oficiais-generais citados, oito deles do Alto-Comando da Aeronáutica, além de dois coronéis já selecionados para a promoção a Brigadeiro-do-Ar em março próximo.
É por acreditar no breve desvendamento de tão inescrupuloso e covarde cidadão, que imagina esconder-se em território livre de qualquer tipo de controle, que deixaremos que cada um dos traiçoeiramente citados tomem suas medidas judiciais.
Quanto à Concepção Estratégica, que obriga a Força Aérea a um necessário plano de reestruturação, todos os aspectos foram exaustivamente estudados e apresentados, pessoalmente pelo Comandante da Aeronáutica, para considerável fração de nosso efetivo, em quase todas as regiões do Brasil.
Tal processo de reestruturação pode ser enquadrado exatamente no primeiro parágrafo da famigerada acusação, quando cita em seu singular lapso de coerência que: “toda Instituição necessita de aprimoramentos para que possa se adequar às novas regras de mercado, tecnologias e quebra de paradigmas culturais – coisas que antes eram consideradas normais e que hoje, em hipótese alguma, devem ser aceitas”.
A Comissão de Reestruturação da FAB (CREFAB) recebeu considerável número de sugestões. Se não foram em sua maioria aplicadas, deve-se ao fato de que o Plano seguia um estudo previamente determinado, balizado por experiências vivenciadas em outras Forças Aéreas que alcançaram novos índices de retorno operacional, desbastando consideravelmente o trato burocrático.
Contudo, todas as sugestões recebidas foram analisadas, visto que, ao conter um autor, identificado e responsável pelo ato de “sugerir para crescer”, contou, e contará sempre, com o nosso mais sincero respeito.
Mais do que a importante consideração do mérito profissional para atingir postos de destaque em nossa respeitada Organização, consideramos que as mais elevadas posições hierárquicas devem ser conquistadas com base em preceitos ainda mais elevados, como a responsabilidade, a humildade e a honradez, adjetivos que passam ao largo da personalidade deste“sem nome e sem rosto”.
Sendo alguém que possa não ter atingido a desejada elevação na carreira, com este seu desastrado ato firma comprovada a sábia decisão do Alto-Comando da Aeronáutica.Meritocracia é um sistema de gestão que considera o mérito como a razão principal para se atingir posições de topo. Segundo a meritocracia, as posições hierárquicas devem ser conquistadas com base no merecimento, considerando valores como educação, moral e aptidão específica para determinada atividade. Constitui-se numa forma ou método de seleção e, num sentido mais amplo, pode ser considerada uma ideologia governativa.
Obs: A Revista Sociedade Militar segue as normas da legislação relacionada a meios de informação, jornais, outras publicações periódicas,serviços de radiodifusão e os serviços noticiosos, também conhecida como lei de imprensa. Por conta disso e por questões éticas e morais procuramos e sempre procuraremos preservar – até que seja comprovado judicialmente qualquef culpa – nomes citados em denúncias a nós enviadas por meio eletrônico e/ou entregues em nossa caixa de correspondência.