POLÍTICO, SINÔNIMO DO QUÊ MESMO?
Numa postagem anterior ficou registrado: “se ‘nada de novo’ acontecer até as eleições de 2018, por que não negar o voto a políticos que se candidatem à reeleição? Afinal, depende de nós! ”
E aí vieram as críticas nos comentários dos amigos: “ingenuidade; utopia; a sociedade não tem capacidade de se organizar para tal; vai ser a festa das esquerdas que vão tratar de reeleger os seus”
Impossível não seria, nada o é, mas infelizmente, havemos todos de concordar que é difícil mesmo acreditar que nossa gente, em grande parte desinformada, alienada ou até mesmo ainda refém do chamado voto de cabresto, seja capaz de mobilizar-se para uma medida de tal grandeza.
Só que, diante da degradação sistemática do ambiente político sob o patrocínio de partidos ditos políticos, mas que, em tudo, se assemelham a organizações criminosas, obcecadas em manter impunes os crimes já praticados por seus integrantes e a perpetuar-se no poder; diante das insofismáveis tentativas partidas dos mais elevados escalões dos poderes com o objetivo de abafar, a qualquer custo, a operação policial em curso, a lava jato, não creio ser possível que “algo de novo” deixe de ocorrer antes que se processe o pleito de 2018.
A arrogância, o desprezo pela opinião pública e o cinismo dos políticos (que nem mereceriam hoje assim ser nominados, pois nos levam a amoldar o termo, na origem nobre, a adjetivos tais como desqualificado, desprezível, indigno, como se significassem a mesma coisa) fazem crer que alguma reação desse povo sofrido é infalível. E não está distante no TEMPO. Só não dá para saber de onde e como virá.
Paciência tem limite!! /
Gen Div Gilberto Rodrigues Pimentel – 25 de outubro de 2017 – Texto publicado originalmente no sítio do Clube Militar – RJ