O partido dos trabalhadores e movimentos que o apoiam ousou oficializar uma guarda própria a titulo de “oferecer segurança” para os militantes e dirigentes.
Todos que acompanhamos de perto questões relacionadas a segurança pública já ouvimos falar dos “butamontes” da CUT que protegem LULA. Nos eventos da esquerda é comum que essa tropa faça a segurança dos arredores. Mas, até então não havia nada oficializado, nada feito às claras. Oficialmente, se algo de grave ocorresse, eles eram apenas militantes que se envolveram em confusões. O que já aconteceu diversas vezes sem que o partido ou lideranças fossem responsabilizados.
A coisa agora mudou. A instituição de uma “segurança” própria, supostamente oficializada é algo novo. E a coisa é bem mais complexa do que aparenta. Independente do que se escreve nos crachás ou braçadeiras, um grupo emocionalmente afetado, acreditando que possui poder de polícia e autorizado a avaliar, censurar e reprimir comportamentos em um momento de enorme comoção é um grande ingrediente para uma grande catástrofe.
Todos nos lembramos do que ocorreu na Alemanha no século passado. A Schutzstaffel, também conhecida como SS, é derivada de um grupo criado exatamente para oferecer segurança para dirigentes e militantes em comícios realizados pelos nazistas. Depois disso a coisa “evoluiu” para grupos militarizados itinerantes com o objetivo de identificar aqueles que destoavam dos comportamentos determinados pela chefia do partido nacional socialista chefiado por Adolf Hitler e um pouco depois a SS chefiava todos os organismos de segurança pública da Alemanha e passou a ser temida até pelos militares das Forças Armadas.