Um vídeo liberado nesse final de junho atesta o que alguns graduados diziam desde dezembro de 2019, que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA já tomou há muito tempo conhecimento da insatisfação de muitos graduados das Forças Armadas que se sentem prejudicados com a nova lei de remuneração, mas que decidiu não intervir no assunto e muito menos realizar modificações no texto sancionado em dezembro de 2019.
(Vídeo no final do artigo)
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Ainda antes da apresentação do PL1645 à Câmara dos Deputados um esboço do documento “vazou” e se espalhou rapidamente logo após ser de publicado pela Revista Sociedade Militar. A tropa, principalmente graduados, reclamou muito de alguns itens e Jair Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos e, ressalta-se – longe da influência do Ministério da Defesa e da maior parte de seus assessores militares – determinou algumas mudanças.
A atitude do presidente em atender imediatamente o pleito de graduados – segundo fontes militares – causou mal estar entre o mesmo e a cúpula das Forças Armadas, que teria se considerado desprestigiada, alegando que se o presidente atender à voz dos “estamentos mais inferiores” correr-se-ia o risco de quebra de hierarquia, que isso acabaria estimulando a tropa a sempre buscar soluções para problemas internos por vias políticas.
Ouvido na frente do Palácio do Alvorada por um militar da FAB o presidente deixou bem claro que não haverá mudança e que a lei já foi sancionada. Após ser novamente questionado pelo SUBOFICIAL LEANDRO, militar da reserva da Aeronáutica que também fez parte das comissões na Câmara e Senado onde tentou-se modificar o texto original apresentado pelo governo, Bolsonaro – demonstrando irritação – chegou a dizer que “seria melhor para os militares ir para o regime geral da previdência“.