O adicional de habilitação por ALTOS ESTUDOS dos Oficiais Generais recebe um incremento de 12% a partir de 1 de julho. Em dinheiro isso chega a R$ 1.600 para um General de Exército. A diferença já aparece nos bilhetes de pagamento disponibilizados pelas Forças Armadas a partir dessa semana. Mas nem todos da tropa terão vantagens com substancial aumento.
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A maior parte dos membros das Forças Armadas terá benefícios bem menores. Na medida em que as categorias se afastam do topo os percentuais são menores, acentuando a diferença salarial entre cúpula e base. Militares com curso de aperfeiçoamento terão 7% de reajuste sobre o adicional de habilitação e os cabos e os terceiros sargentos com curso de especialização terão em 2020 um incremento de apenas 3% sobre seus soldos. O percentual equivale a apenas 78 reais para um cabo ou pensionista de militar nessa graduação. Graduados reclamam também que “o aumento nos descontos pra pensão foi igual para todos, mas nas vantagens o topo da carreira foi muito beneficiado…”
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A nova reestruturação sancionada em dezembro por Bolsonaro não escalonou os reajustes sobre os soldos como sempre era feito. Dessa vez foi diferente, as vantagens foram acrescentadas sobre cursos específicos, que nem todos os militares fazem. A coisa acertou em cheio as baixas patentes e graduados da reserva ( e seus pensionistas ) que não tiveram oportunidade de realizar os cursos recém criados, que são – segundo informam – atualizações de cursos antigos, adaptados às novas tecnologias.
As categorias da base das Forças Armadas estão bastante mobilizadas e se agrupam para atos em outubro, a intenção – segundo lideranças – é chamar a atenção para os problemas causados pela nova reestruturação, a lei 13.943, sancionada por Bolsonaro em dezembro passado.
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Depois de no Congresso Nacional os graduados terem obtido uma vitória inédita na história das Forças Armadas ao conseguir derrubar um adicional de 10% a título de representação, que seria concedido só para oficiais generais na ativa e na reserva, a categoria acabou vitimada por estratégias do governo, que prometeu estender adicionais para praças em cargos de comando e propôs um acordo para correção das “distorções” do projeto de lei ainda em janeiro.
Nenhuma das promessas foi cumprida, diz um subtenente ouvido pela revista: “Não foram cumpridas… … graduado não tem função de comando, ninguém recebeu nada e a reunião para a correção das distorções foi apenas enganação, os nomes dos graduados que participaram sequer aparece na Ata…”
A Revista Sociedade Militar recebeu várias cópias de bilhetes de pagamento com decréscimos e até a imagem de cobrança do SERASA EXPERIAN enviada para uma pensionista.