URGENTE – Defesa convoca Senadores e representantes dos graduados para reunião
Nas últimas semanas vários jornais publicaram notas sobre um “reajuste disfarçado” que teria sido concedido para setores das Forças Armadas. A palavra “penduricalhos”, divulgada pelo Estadão e outras grandes mídias é a que foi criada em 2019 e usada pela revista sociedade militar em vários artigos para definir da melhor forma possível os adendos ao soldo criados e/ou ampliados para garantir um reajuste de salário maior para algumas categorias, menor para outras e praticamente zero para algumas.
A reestruturação da carreiras, que na verdade é uma reestruturação salarial, foi considerada por muitos militares como algo maquiavélico, porque – como acima colocado – enquanto concedia aumentos para algumas categorias – principalmente do topo – as regras criadas fizeram com que algumas classes de militares até perdessem renda, como mostram documentos revelados pela Revista Sociedade Militar.
Segundo informações recebidas pela Revista, uma reunião no Palácio do Planalto para tratar das necessárias correções ao Pl1645, agora lei 13.954/2019, iniciou as 10 horas da manhã dessa quinta-feira (02/07/2020). Embora o evento não tenha aparecido na agenda do Ministro Eduardo Ramos, há confirmação de que inicia daqui a poucos minutos. Os participantes são o General Ramos, o general Azevedo, o Senador Izalci Lucas, deputado Victor Hugo, senador Major Olímpio (não confirmado ainda), os advogados Adão e Cláudio Lino (representando o IBALM), Ivone Luzardo e Marcio Rodrigues, um dos diretores da FENGIFA (federação de associações).
Segundo informações recebidas pela Revista Sociedade militar, entre as instituições militares do país as Forças Armadas ao final desse processo de reestruturação serão as forças mais elitizadas, as que terão a maior diferencia salarial entre base e cúpula. Em 2023 a diferença entre o salário bruto de um soldado engajado (2.2 mil) e o de um general (33 mil) ultrapassará 1.400%. Na Polícia Militar do Distrito Federal a diferença nos soldos entre base e topo é de no máximo 500% e na PM de Minas Gerais é de no máximo 300%.
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A principio serão levantadas questões sobre o decréscimo de salário sofrido pelas pensionistas causado pelo aumento nos descontos para a pensão militar, a questão dos quadros especiais que tiveram decréscimo ou ficaram no “zero a zero” e o caso os suboficiais da FAB e Marinha da chamada “lacuna”, que ainda que tivessem a chamada “meritocracia plena” enquanto na ativa, são agora considerados como menos capacitados que seus pares que vão para a reserva a partir de 2020 com salários maiores.
Nessa segunda-feira a Revista Sociedade Militar revelou com exclusividade um documento enviado pela DEFESA para parlamentares que participaram da comissão que votou o Projeto de Lei 1645/2019. Segundo vários militares e advogados ouvidos o governo ali apresentou uma visão que destoa completamente da verdade em vários pontos, principalmente em relação aos militares dos quadros especiais, pensionistas e gratificações de habilitação por altos estudos.
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Militares ouvidos pela revista comentam que o governo anda preocupado porque tem ocorrido certo afastamento das chamadas “bases” de Bolsonaro, que são majoritariamente compostas por graduados das Forças Armadas na reserva. Muito influentes em suas comunidades e majoritariamente de viés conservador, foi esse grupo que ainda no início da carreira política de Bolsonaro impediu que o próprio Exército o expulsasse de suas fileiras e em seguida com sua força o elegeu vereador, desde então mantendo-o como deputado por décadas a fio.
Revista Sociedade Militar, a gente sabe o que fala sobre temas militares.
Veja: Deputado faz um resumo da REUNIÃO entre Graduados e General-ministro Eduardo Ramos