Proposta ousada pode humanizar atendimento em HOSPITAIS MILITARES
De fato os pré-candidatos a vereador ligados às Forças Armadas têm descoberto novos caminhos para aplicação de medidas em favor da Família Militar. “Hoje as questões de âmbito estadual, federal e municipal estão mais ligadas do que nunca e a atuação do vereador como militar e político com todas as prerrogativas e alcances que delas advém pode e deve ser ampliada”, diz um pré-candidato carioca. O grande exemplo vem dos policiais militares, estes possuem vereadores que têm obtido sucesso na fiscalização de legislações e na luta para a humanização de escalas de serviço e assessoria em questões disciplinares, como é o caso do Vereador Major Elitusalém, que mesmo com mandato em nível municipal tem sido atuante na defesa do seu eleitorado.
Segundo pré-candidatos ouvidos pela Revista Sociedade Militar não há impedimento algum para que a atuação das câmaras de vereadores alcance instituições estaduais ou federais ou intervenha em questões que envolvam militares, como é o caso acima citado, onde o vereador Major Elitusalém critica comandante PM por ameaçar subordinado. Elitusalém também tem questionado instituições militares estaduais em quesitos como higiene e material de segurança para os policiais.
Uma das propostas que chamou a atenção essa semana foi publicada no site https://suboficialbonifacio.com.br, está em estudo Junto de um advogado de grande prestígio na capital carioca e pode ser incorporada à plataforma de campanha de um pré-candidato militar do corpo de Fuzileiros Navais. A coisa diz respeito aos hospitais das Forças Armadas, a assessoria do militar em questão acha que o fato de existirem ambientes separados, como banheiros e salas de espera, e o fato de haver prioridade no atendimento de dependentes de acordo com o posto ou graduação é inconstitucional. Realmente, segundo militares ouvidos pela revista Sociedade Militar, há grande incômodo em se perceber dependentes de oficiais, às vezes muito jovens, sendo atendidos com prioridade em clínicas e hospitais militares.
“entre dependentes e militares da reserva não pode haver isso, qual o motivo? Vai sair correndo pra missão? Na reserva não tem que ter prioridade… eu tenho 58 anos, minha esposa também, vou lá de Belford Roxo pro Méier e quando chega aqui minha esposa é preterida por uma esposa de tenente com 23 anos de idade… Eles ficam nas salinhas separadas pra gente não ver eles entrar rapidinho… ”, diz um Cabo da Marinha na reserva, ouvido pela RSM.
Sobre o assunto o advogado e professor de Direito Juarez Rezende comenta que é complicado que a prerrogativa de um oficial passe para seu dependente, segundo ele a legislação não prevê isso. Usa o termo “transcendência das prerrogativas” e diz: “Dois corpos e um privilégio? Vejam o que prevê a constituição! “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (…) IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (GRIFO NOSSO). E, “uma das coisas mais constrangedoras que existe no meio militar é a extensão de certos privilégios concedidos aos cônjuges, ascendentes, descendentes dos oficiais, principalmente no atendimento realizado no Marcílio Dias. Por exemplo, por que a esposa de um militar mais antigo tem que ser atendida primeiro do que a do praça que chegou mais cedo, com doença mais grave , mais idosa e que mora mais longe do nosocômio ? é o princípio da transcendência das prerrogativas?“.
Um suboficial da Marinha, idoso, ouvido pela RSM ressalta que a questão não é financeira, é “discriminação por posto e graduação mesmo”, diz. Ele completa: “eu recebo como primeiro tenente, portanto desconto o FUSMA como primeiro tenente e não tenho prioridade no atendimento e muito menos sala de espera e banheiro privativo, já era tempo de acabar com esse constrangimento. Estamos na reserva!!! Porque a mulher do capitão entra na frente da minha, ela vai cumprir alguma missão? No HNMD tem uma entrada privativa de almirantes, é pra não se contaminar com o resto da tropa?”
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Comentário de uma leitora
No Rio de Janeiro há possibilidade de que vários militares das Forças Armadas e membros da família militar se candidatem esse ano, só na capital carioca estima-se que esse número ultrapasse duas dezenas, incluindo a ex-esposa de Jair Bolsonaro, que hoje é apoiada por uma associação de praças com sede na capital. Ha também pré-candidatos militares em várias capitais e cidades do país. Ao longo das próximas semanas a Revista Sociedade Militar abordará as propostas que têm surgido na montagem das campanhas desses militares, que pretendem se candidatar a vereador e prefeito nas próximas eleições.
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