Jair Bolsonaro esteve nessa manhã de quinta-feira em um evento no CIAA, quartel da Marinha localizado em Ramos, na cidade do Rio de Janeiro. Por conta da PANDEMIA a entrada no quartel foi restrita e o evento foi transmitido para convidados e familiares por meio da internet.
Enquanto JAIR BOLSONARO discursava do lado de dentro, do lado de fora acontecia algo inusitado, um grupo de graduados na reserva e pensionistas se manifestava contra recentes modificações na estrutura de pagamentos dos salários e pensões dos militares das forças armadas. Alegam os manifestantes que a lei 13.954, sancionada em dezembro, foi injusta e que a norma beneficiou principalmente quem ocupa a cúpula da estrutura, como os Generais, Almirantes e Brigadeiros. De fato, em varas federais de diversos estados já tramitam petições solicitando retorno de benefícios cortados.
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Nas últimas semanas os graduados na reserva tem mirado suas “baterias de tiro” na direção do atual Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. Alegam que ele é um dos principais responsáveis pelos equívocos na nova lei de remuneração porque teria dado informações distorcidas para os parlamentares, levando-os a aprovar uma lei que acaba sendo prejudicial para muitas categorias, principalmente graduações mais baixas e pensionistas.
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Os manifestantes contam ainda que o presidente BOLSONARO já determinou que a DEFESA faça modificações e/ou adeque portarias internas para corrigir problemas gerados pela nova lei, mas que o Ministro estaria se esquivando de obedecer a ordem. A imprensa carioca deu ampla cobertura ao ato e vários jornais publicaram notas ressaltando que os graduados chamaram o presidente de TRAIDOR e que há uma manifestação marcada para outubro em Brasília.
Graduado ouvido pela RSM acredita que depois do ato no RIO o governo deve correr para realizar algum tipo de reunião com os graduados. “temos informação de um senador que disse que o presidente determinou modificações. Mas não há nada concreto… Uma manifestação de militares em Brasília vai ser constrangedor, já tem ônibus alugado e local pra ficar lá, são três dias e a imprensa vai querer cobrir bem de perto e saber porque antigos aliados agora chamam o presidente de traidor“. Diz um sargento que recusa se identificar porque alega que tem ocorrido perseguições.