Um deputado federal com pouca expressão tem raríssimas chances de aparecer na grande mídia, e com as eleições de 2022 se aproximando as mínimas oportunidades devem ser aproveitadas. É por essa ótica que militares ouvidos pela revista avaliam a candidatura do deputado General Peternelli à presidência da Câmara dos Deputados.
“esse oficial teve pouca expressão durante esses dois anos de mandato, acabou prejudicando militares, penso que está aproveitando a chance midiática … teve dois ou três votos quando se candidatou em 2019… quer só aparecer um pouco… “
“Esse já mostrou que não tem capacidade ,não estudou para carreira politica ,sem preparo algum .”
No quartel era o fodão, na Câmara de Deputados, apenas mais um do baixíssimo clero, pior que o Tiririca, nunca fez nada pelos palhaços de farda.
É mais fácil um camelo 🐫 passar pelo buraco de uma agulha…
Junto com Girão Monteiro, seu colega de turma na AMAN, o militar é um dos dois oficiais generais que ocupam cadeiras na chamada casa do povo. Ainda que o Estatuto dos Militares, regra máxima das Forças Armadas, seja taxativo ao proibir o uso dos “prenomes” general, sargento, coronel etc., para quem ocupa cargos públicos, incluindo eletivos, o oficial manteve no cargo o nome usado na campanha de 2018.
Dentro de uma instituição onde ainda não conseguiu alcançar grande relevância e é visto como apenas mais um membro da multidão de parlamentares que ocupam o chamado baixo clero, o uso do prenome General parece servir para que sua voz aumente de volume pelo menos em alguns decibéis na injusta guerra de discursos que existe no legislativo federal.
Segundo a revista Época o deputado General Peternelli “já tem pronto o seu discurso para o dia da eleição à Presidência da Câmara, quando tentará o posto mais uma vez…“.
Se Peternelli – o que seria uma das maiores “zebras” da política brasileira – for eleito o Brasil terá dois oficiais generais na “linha sucessória” do presidente da república.
O oficial faz uma dura crítica contra o chamado baixo clero e o pouco poder de decisão que hoje possuem.
“a grande maioria que só vota, por decisão própria, em algumas oportunidades… “
Seria desonesto deixar de mencionar que desde o início de seu mandato o parlamentar-oficial tece críticas contra a hegemonia do Presidente da Câmara no que diz respeito a pautar projetos criados pelos deputados. Em 2019 Peternelli concorreu para o cargo de Presidente da Câmara, ficou na última colocação, tendo recebido apenas 2 votos.
Sua fala na época foi:
“quando cheguei achei que todos os deputados tinham participação em todas as decisões, depois verifiquei que o presidente da câmara, os líderes, a mesa e os presidentes de algumas comissões é que decidem sobre tudo, algo em torno de 20 pessoas… baixo clero é o grande grupo que só vota em algumas oportunidades e praticamente não conseguem fazer com que seus projetos sejam analisados… ”