A Controladoria Geral da União (CGU) determinou um prazo de 10 dias para que o Exército Brasileiro divulgue os dados do processo administrativo contra o General Eduardo Pazuello. O militar foi arrolado em um inquérito de 2021 por causa de sua participação em uma manifestação ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O pedido de investigação foi feito com base na Lei de Acesso à Informação e a CGU quer apurar os motivos que impediram a punição (ainda que administrativa) ao General, pois militares da Ativa são impedidos de participarem de atos partidários sem autorização do Comando.
Pazuello foi absolvido no processo e o Exército não forneceu informações sobre a apuração dos fatos, citando que, por lei, o processo deveria ficar em sigilo por 100 anos, segundo informou a Jovem Pan.
Diante da imposição da CGU, cabe ao Exército Brasileiro ceder as informações processuais no prazo estipulado. Com base em informações fornecidas pelo ministro da Defesa à CNN, o Exército Brasileiro e a CGU “já se entenderam”.
Como forma de esclarecimento, mesmo na condição de Ministro da Saúde, o General ainda era militar da Ativa. A transferência para a Reserva Remunerada foi publicada em 04/03/2022, mas com data oficial de transferência válida a partir de 28 de fevereiro do mesmo ano, conforme publicado em Diário Oficial da União da época. Atualmente o ex-ministro exerce o cargo de Deputado Federal, eleito pelo Rio de Janeiro.