Lideranças do Exército afirmam que não há intenção de punir os Generais que não ordenaram que fossem desfeitos os acampamentos em frente ao quartel do Exército em Brasília, segundo a CNN. Existe um movimento em prol dessa punição, porém isso seria uma forma de aumentar o desconforto entre a atual presidência e as Forças Armadas.
Os militares apresentaram provas de que o movimento de pessoas na frente do quartel estava em processo de dissolução, mas afirmaram que os ânimos se acirraram com a chegadas de muitos ônibus que estavam lotados de pessoas que queriam uma “solução” para o impasse. O resultado final desse ingresso dos manifestantes que vieram de longe foram os atos de vandalismo e, sejamos justos, a demonstração de insatisfação com os excessos por parte do STF. Acrescentemos a esse “caldeirão” a ineficiência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que nada fizeram contra o Judiciário que, atualmente, detém um poder digno de um Primeiro-Ministro.
Entretanto, mesmo com todos os abusos de autoridade que vivemos nos últimos anos, atacar o patrimônio público é um ato de vandalismo, cuja apuração real e inequívoca precisa ocorrer, mesmo que para isso cheguemos aos nomes de pessoas poderosas que foram imprescindíveis na organização desse ato extremo.
Atualmente ainda há um ponto de tensão entre o presidente Lula e as Forças Armadas. Para confirmar isso, recentemente Lula afirmou que tem convicção de que os militares foram coniventes com os ataques ao Palácio do Planalto e ao prédio do STF. O presidente declarou assim à CNN:
“Olha, eu posso te garantir que a impressão que eu tenho é que todas as forças que tinham que cuidar da segurança de Brasília estavam comprometidas com o golpe”
Vale destacar que esse posicionamento não melhorará em nada a relação entre o líder das Forças Armadas e as mesmas. Punir generais com base em “impressões” é algo gravíssimo e que trará uma desestabilização gigantesca entre as lideranças das FFAA. Isso também seria uma estratégia péssima, principalmente se levarmos em conta a polarização que o Brasil apresenta. Nosso país está dividido e essa cisão é ruim. Não é hora de dividir mais, é hora de buscar a coesão dos brasileiros em prol da ascensão do nosso país, mas isso jamais ocorrerá se houver uma crise em uma das instituições mais respeitadas e poderosas do país, as Forças Armadas.
Para finalizar, é válido destacar que as Forças Armadas têm efetivamente um papel constitucional na garantia da lei e da ordem, assim como no equilíbrio dos três poderes, de forma a evitar que haja interferência entre estes. Declarações de Lula ainda mostram que ele não esqueceu o tempo em que ficou preso, mesmo estando agora à frente de nossa nação, o que é uma perda de tempo e energia. Vivemos um momento tenso onde a união das instituições será vital para que nosso país ganhe mais credibilidade e dê melhores condições aos cidadãos. Passamos por péssimos momentos ao longo de nossa história, porém em todos eles foi imprescindível a presença garantidora das Forças Armadas. Tê-las como inimigas é uma péssima escolha. Hoje é preciso confiar nelas e atuar ao seu lado, pois não há soberania sem uma tropa forte, altiva e orgulhosa.
Ad sumus.