A notícia relacionada aos militares das Forças Armadas que está em praticamente todos os veículos de comunicação nessa manhã de segunda-feira (27/03) lamentavelmente está relacionada a um coronel da reserva da força aérea Brasileira.
O militar foi assassinado em Natal. Pra tornar o caso ainda mais emblemático, uma garota de programa assumiu a identidade dele durante quatro meses.
Entenda o caso
O Coronel Roberto Perdiza foi visto pela última vez no mês de agosto de 2022, quando saiu de seu apartamento e entrou em um carro de aplicativo. Um zelador do seu prédio sentiu falta do Coronel e, uma semana depois, já no mês de setembro, entrou em contato com a irmã do militar. Elodeá Perdiza, contudo, tranquilizou o zelador, dizendo que estaria conversando com o irmão normalmente via aplicativo de celular durante todo esse tempo.
Um amigo da vítima também sentiu falta de Perdiza, mas não conseguiu localizá-lo. O caso, então, foi registrado como desaparecimento voluntário.
Suspeita se passou pela vítima
Jerusa e o coronel Perdiza se conheceram há três anos. Após algum tempo, o militar da reserva convidou a mulher para morar com ele. Durante o período que esteve desaparecido, o celular do coronel enviou normalmente mensagens e fotos para família e amigos, para evitar suspeitas. No entanto, quem enviava as mensagens, segundo investigação, era a própria Jeruza.
Após algumas semanas, as mensagens passaram a pedir para que as pessoas parassem de procurá-lo. “Me deixem em paz”. A mulher procurou a polícia para dizer que havia conversado com a vítima e obtido a informação de que estaria bem e viajando pelo Rio de Janeiro. Mas os amigos desconfiaram.
Durante as investigações, a polícia descobriu que Jerusa sacava dinheiro da conta do coronel. Posteriormente, ainda tentou vender o apartamento do militar. Câmeras do prédio mostraram a mulher acompanhada de corretores de imóveis. Audios obtidos pela polícia revelam certa urgência em fechar o negócio.
O assassinato
Três meses após o desaparecimento, a polícia encontrou um corpo próximo a cidade de Natal. No entanto, os restos mortais não puderam ser identificados, pois estavam sem as mãos e sem a cabeça da vítima. O Núcleo de Antropologia e Arqueologia Forense do Instituto Técnico-Científico de Perícia recolheu uma amostra de DNA. Através do exame da amostra, foi confirmado se tratar mesmo do Coronel Roberto Perdiza. Após isso, e investigando minusciosamente as imagens de diversas câmeras de segurança, a polícia chegou a conclusão que Jerusa, a garota de programa, não só era suspeita do crime, mas que também tinha um comparsa, Rodrigues.
Jerusa foi presa em dezembro, e o comparsa dela um mês depois, em janeiro. Eles vão responder por latrocínio e podem pegar até 30 anos de prisão. Procurada pela TV Globo, a defesa do casal não quis se pronunciar.