O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, anunciou ontem (13/03) a extinção do Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA). O grupo tinha como objetivo coordenar e executar atividades para localizar, recolher e identificar os corpos de guerrilheiros e militares mortos durante a Guerrilha do Araguaia.
O GTA foi criado em dezembro de 2009, por iniciativa do então ministro da Defesa do governo Dilma, Nelson Jobim, e implementado em 2010.
O grupo buscava localizar os restos mortais de guerrilheiros que atuavam na região do Araguaia durante a ditadura militar no Brasil, entre 1967 e 1974. Esses guerrilheiros foram mortos ou desapareceram após confrontos com as Forças Armadas brasileiras, principalmente o Exército.
Desde sua implementação, o GTA vinha sendo prorrogado anualmente, mesmo com a diminuição dos achados relacionados aos casos de militares e guerrilheiros desaparecidos.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto que alterou o funcionamento dos grupos de trabalho da administração pública, o que esvaziou o GTA.
O GTA era composto por membros do governo federal, representantes de entidades de direitos humanos e familiares das vítimas, sem a presença de militares.
O grupo buscava informações sobre o paradeiro dos corpos dos guerrilheiros, além de identificar e catalogar documentos e objetos relacionados aos conflitos. O relatório final do GTA, com suas recomendações, foi entregue ao governo brasileiro em 2014, ainda no governo Dilma.
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