O Exército Brasileiro acaba de completar um mês com suas redes sociais fechadas para comentários de seguidores. O atual Comandante da força terrestre, o general de exército Tomás Miné, tem mantido uma postura de pouca interação com o público em geral, o que marca uma mudança significativa em relação à interatividade que havia sido adotada durante todo o governo anterior.
Durante a gestão de Jair Bolsonaro o Exército ultrapassou a cifra de 2 milhões de seguidores no Twitter e 7 milhões no Instagram, interagindo diariamente com usuários que participavam comentando os posts feitos pelo setor de comunicação social.
No final do governo Bolsonaro, ainda alimentando a Esperança de que houvesse uma intervenção militar ou uma ação contundente do Exército no sentido de impedir Lula de assumir a principal cadeira do executivo federal, militantes de direita empreenderam uma grande campanha no sentido de aumentar o número de seguidores nas redes sociais das Forças Armadas.
A nova política de uso das redes sociais parece ter gerado um clima de incerteza, desconfiança e até ira entre os seguidores, que se acostumaram a participar ativamente dos debates e discussões promovidas pelo Exército em suas redes sociais. Atualmente só podem comentar nos posts do Exército no Twitter os usuários que foram marcados pela força nas postagens.
A nova política de pouca interação tem sido mantida pelo Exército Brasileiro há 30 dias, desde o dia 2 de fevereiro de 2023, quando as redes sociais foram fechadas para comentários de usuários. O número de seguidores do Exército Brasileiro no Twitter é de 2.273.378, mas desde então, não é possível mais interagir com a instituição por meio dos comentários.
A decisão de fechar as redes sociais para comentários de usuários é uma mudança significativa na maneira como o Exército Brasileiro se comunica com o público. A interatividade nas redes sociais tornou-se uma ferramenta importante para o setor de comunicação social das instituições armadas, permitindo que as pessoas se aproximassem do Exército e participem de discussões e debates.
A nova política de pouca interação parece ter sido implementada por conta do excesso de críticas dirigidas contra o comando do exército acusando os militares de não terem protegido os manifestantes que solicitavam uma intervenção militar. A nova postura vai em sentido oposto do que era aplicado anteriormente, adotando uma abordagem mais distante do público e tem gerado críticas por parte de usuários das redes sociais, que têm questionado a falta de transparência e a falta de diálogo com a sociedade.
O exército brasileiro ainda não se manifestou sobre o fechamento das redes para a postagem de usuários, enquanto isso, os seguidores nas redes sociais continuam impedidos de comentar nos posts da instituição, aguardando por uma eventual reversão da medida.