Audrey Hale, uma ex-aluna da Covenant School, planejou cuidadosamente o ataque, de acordo com as autoridades. Na segunda-feira, Hale, uma mulher de 28 anos, matou seis pessoas dentro de uma escola, antes de ser morta durante confronto com agentes policiais.
Os pais de Hale, que moravam com a atiradora, disseram que a mulher estava sob cuidados médicos devido a um “distúrbio emocional”, informou o chefe da polícia de Nashville, John Drake, em entrevista coletiva nesta terça-feira.
A atiradora tinha mapas da escola e desenhos com instruções de como entrar, acrescentou Drake. O chefe da polícia também informou que Hale saiu de casa na segunda-feira de manhã usando uma bolsa vermelha e que sua mãe não sabia que havia armas dentro.
As autoridades ainda estão investigando quem exatamente era a atiradora e seus motivos por trás do ataque à escola. A mulher, que não tinha antecedentes criminais, tinha sido aluna da instituição. A polícia disse acreditar que o principal motivo por trás do crime seria algum “ressentimento” com relação a escola e seus administradores.
A criminosa estava armada com três armas de fogo, incluindo um fuzil semi-automático. Uma busca na casa da suspeita levou os policiais a apreenderem mais armas de fogo. A polícia também encontrou um manifesto, um mapa detalhado da escola e um plano para outros ataques, inclusive em um shopping da cidade.
Atiradora mandou mensagem antes do crime
Menos de 20 minutos antes do crime, Hale enviou uma mensagem confusa via rede social para uma amiga, ex-colega do time de basquete. Averianna Patton, que é apresentadora de uma rádio local, disse que recebeu a mensagem no Instagram às 9h57. “Um dia isso fará mais sentido. Deixei evidências mais do que suficientes para trás. Mas algo ruim está para acontecer” dizia o texto.
Patton acrescentou que não tinha um relacionamento com a suspeita desde que eram crianças, se referindo a Hale como Audrey ou “ela”.
A observação da amiga sobre o pronome “ela” se deve porque, inicialmente, houve alguma confusão sobre a identidade de gênero de Hale nos noticiários e na declaração da polícia. Em um primeiro momento, as autoridades descreveram a criminosa como sendo mulher. Horas depois, a polícia informou que Hale se identificava como transgênero.
Um porta-voz da polícia local disse ao Washington Post que Hale “é uma mulher biológica que, em um perfil em uma rede social, usava pronomes masculinos”.