Esta semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitou o front em uma região próxima a Bakhmut, disse o gabinete do governo ucraniano. A visita de Zelensky ocorre ao mesmo tempo que o exército russo lança uma série de ataques coordenados contra diversas cidades na Ucrânia.
Não é a primeira vez que Volodymyr Zelensky visita a região após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Em dezembro, o presidente ucraniano também fez uma visita ao local. A época, Bakhmut já sofria fortemente com a pressão russa.
Bakhmut, uma cidade já quase totalmente devastada pela guerra, permanece sob controle ucraniano, mesmo após mais de sete meses sob pressão constante das forças russas.
Imagens divulgadas pelo gabinete presidencial mostram Zelensky entregando medalhas e cumprimentando militares ucranianos. “Estou honrado por estar aqui hoje”, declarou ele aos presentes “para premiar nossos heróis, para agradecer, para apertar suas mãos.”
Volodymyr Zelensky também condenou os recentes ataques da Rússia contra alvos civis, chamando-os de “bestiais”. Nos últimos dias, pelo menos oito civis teriam sido mortos próximo a Kiev. Outras sete pessoas teriam morrido em um ataque a dormitórios estudantis perto da capital, incluindo um motorista de ambulância. Entre os nove feridos, estaria um menino de apenas 11 anos.
Ainda essa semana, um míssil atingiu um bloco de apartamentos na cidade de Zaporizhzhia, no sudeste do país, deixando um morto e 25 feridos.
Outras cidades na Ucrânia foram atingidas por drones na madrugada desta quarta-feira e, posteriormente, por foguetes.
Os ataques russos ocorreram apenas um dia depois que o presidente chinês, Xi Jinping, completou uma visita de dois dias a Moscou. O presidente ucraniano ironizou o evento, dizendo que cada vez que “alguém tenta ouvir a palavra ‘paz’ em Moscou”, outra ordem é dada para lançar novos ataques.
O presidente Putin disse anteriormente que muitas das propostas chinesas “podem ser tomadas como base para [a] resolução do conflito na Ucrânia, sempre que o Ocidente e Kiev estiverem prontos para isso”. Xi Jinping e Vladmir Putin teriam traçado um plano de paz com 12 pontos-chave. No entanto, o plano não faz propostas específicas e não exige explicitamente que as forças russas deixem o território soberano da Ucrânia.