As recentes notícias mostram que a tensão entre Coreia do Norte, EUA, Coreia do Sul e Japão só aumentam. Na verdade, a possibilidade de um confronto bélico é algo que já não pode ser descartado, principalmente se levarmos em conta a persistência dos norte-coreanos e as contínuas demonstrações de “parceria” entre as Forças Armadas dos EUA e Coreia do Sul. Quanto ao Japão, já é possível perceber que o país se estrutura militarmente para um confronto, ainda que nenhuma das partes almeje explicitamente a guerra.
Apenas nesta semana foram feitos quatro lançamentos de mísseis norte-coreanos em direção ao mar do Japão, sendo o último efetuado neste domingo (19), segundo informou o jornal Folha de São Paulo.
As demonstrações de força militar foram intensificadas depois que Estados Unidos e Coreia do Sul fizeram manobras militares conjuntas na região. Japão e EUA também fizeram manobras conjuntas e isso tem provocado desconforto em Pyongyang.
Além da proximidade norte-americana com a Coreia do Sul e o Japão, estes dois também voltaram a se reunir em prol de um objetivo comum, algo que não ocorria há 12 anos. Em contrapartida, a Coreia do Norte discursa de forma cada vez mais agressiva e intimidadora, fato que se destaca pelo uso de “ameaças” através de seu poderio nuclear e os mísseis intercontinentais.
“O comportamento da Coreia do Norte ameaça a paz e a segurança internacionais e é inaceitável”
Toshiro Ino, ministro de Estado da Defesa do Japão
As ações militares entre Washington e Seul foram nomeadas de Freedom Shield (Escudo da Liberdade). Pyongyang interpretou isso como uma preparação para uma invasão à Coreia do Norte, o que elevou ainda mais os ânimos e a tensão militar e diplomática. Até mesmo Kim Yo-jong, a irmã do ditador norte-coreano, tem mostrado sua insatisfação diante das demonstrações militares dos países vizinhos (Japão e Coreia do Sul) ao lado dos EUA: “uma interceptação de mísseis balísticos da Coreia do Norte será uma declaração de guerra.”
Enquanto isso, o mundo apenas contempla mais um cenário de instabilidade diplomática que se soma aos outros que atingem várias nações. Tempos de tensão que pedem lideranças que privilegiem o diálogo ao invés da provocação…