Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão concluíram com sucesso os exercícios navais conjuntos na Península Coreana, realizados no início deste mês. A manobra, considerada uma resposta ao míssil disparado pela Coreia do Norte sobre o Japão, incluiu até mesmo um porta-aviões USS Nimitz, com mais de 6.000 marinheiros a bordo.
“Este exercício antissubmarino foi preparado para melhorar as capacidades de resposta da Coreia do Sul, dos EUA e do Japão contra as crescentes ameaças subaquáticas da Coreia do Norte e mísseis balísticos lançados por submarinos”, afirmou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul em comunicado.
O regime de Kim Jong Un prometeu uma resposta sem precedentes. Segundo o Japan Times, a Coreia do Norte teria alertado que os EUA e seus “estados aliados fantoches” estavam “se aproximando de um grave perigo” com os exercícios. O presidente do país ainda teria dito que seu arsenal nuclear estava pronto para ser usado a qualquer momento para deter os “movimentos imprudentes dos maníacos da guerra”.
Novas ameaças norte-coreanas
Kim Jong Un também falou das novas armas projetadas para realizar ataques nucleares nos EUA. O novo armamento incluiria um drone subaquático que teria sido testado no mês passado e que, segundo o presidente norte-coreano, poderia causar um “tsunami radioativo”. Essa afirmação já foi questionada por militares especialistas da Coreia do Sul.
“Eles devem pensar duas vezes para realmente evitar uma catástrofe infeliz e devem estar cientes de que terão que pagar caro por seus atos imprudentes”, disse a agência oficial de notícias central norte-coreana em um comentário no domingo.
No final de março, Kim Jong Un visitou uma instalação encarregada de fabricar ogivas nucleares. Durante a inspeção, o ditador norte-coreano destacou que ele não tem intenção de abandonar seu arsenal atômico.
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Exercícios aumentariam as tensões na península
A irmã do líder coreano, Kim Yo Jong, também falou sobre os exercícios. Ecoando a já conhecida retórica norte-coreana, ela ameaçou transformar o Oceano Pacífico em “um campo de tiro” se os exercícios conjuntos não fossem interrompidos.
A China, a maior aliada da Coreia do norte, também não gostou da manobra, declarando que os exercícios conjuntos só aumentam as tensões na península coreana.
“As partes relevantes devem criar condições favoráveis para a retomada do diálogo”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, a repórteres em uma coletiva de imprensa em Pequim.
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