Exército brasileiro capacita jovens soldados cariocas do efetivo variável para atirar com fuzil 7.62
O Exército Brasileiro divulgou esta semana que os jovens moradores do Rio de Janeiro que prestam o serviço militar inicial como soldados na Escola de Aperfeiçoamento De Oficiais, em Deodoro, estão recebendo capacitação para realizar manutenção e atirar com fuzil FAL 7.62. O armamento é um dos mais utilizados por exércitos em todo o planeta e infelizmente também é frequentemente apreendido pela polícia do estado do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado.
O texto abaixo, divulgado pelo Exército, ressalta que o treinamento fornecido pela força terrestre aos jovens que prestam serviço militar inicial inclui a manutenção básica do armamento e adestramento em várias posições e modalidades de tiro diurno e noturno. Com o treinamento o jovem fica bastante familiarizado com a arma e perde o temor inicial que a grande maioria têm no que diz respeito ao armamento, que é extremamente letal.
A maior parte dos jovens que prestam serviço militar inicial são dispensados após cerca de 1 ano de treinamentos no Exército e alguns, que passam mais algum tempo, mas também não podem alcançar a estabilidade, terão ainda a possibilidade de ampliar os conhecimentos realizando cursos mais aprofundados na própria força terrestre, como comandos e pára-quedismo.
No fuzil automático leve (FAL) o projétil pode alcançar a distância de até 5 quilômetros, sendo que o alcance útil, aquele definido como com possibilidade de atingir um alvo com precisão, fica em torno de 600 metros e a possibilidade de letalidade até em torno de 3.500 metros.
Rio de Janeiro – Os Soldados que incorporam ao Exército neste ano, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, realizaram uma das atividades mais marcantes do Período de Instrução Individual Básica e da adaptação do recruta à vida militar, o Tiro de Instrução Básico. As instruções, ocorridas na última semana de março, capacitam o soldado a empregar de maneira correta e responsável o seu armamento de dotação, o Fuzil de Assalto Leve (FAL) 7,62 mm.
O treinamento do soldado para o uso do armamento acontece em diferentes etapas. Inicialmente, é realizado o estudo teórico dos componentes do armamento e do funcionamento de seu sistema automático. Em seguida, o soldado aprende a desmontar e remontar o fuzil, e a executar todos os procedimentos de manutenção básica. Ele também deve demonstrar que conhece e tem capacidade de praticar todas as normas de segurança do armamento.
Depois, começam as instruções teóricas de tiro, em que o soldado internaliza as técnicas de visualizar o alvo, fazer a mira, controlar a respiração e assumir as posturas corretas para maior estabilidade durante o disparo. Após serem aprovados em todas essas etapas, os recrutas são habilitados à prática do tiro real.
Durante o Tiro de Instrução Básico, os soldados praticam o tiro nas posições de pé, ajoelhado e deitado. O objetivo é que o soldado consiga acertar o máximo de tiros na mesma posição no alvo, ou seja, que consiga agrupar os disparos em torno de um único ponto. As práticas são realizadas tanto no período diurno como noturno. O tiro noturno é realizado com munição especial, do tipo traçante, que permite visualizar a trajetória do tiro no escuro.
A instrução visa desenvolver a técnica e a confiança do soldado no emprego da arma, e habilitá-lo a ocupar o posto de sentinela na defesa do quartel e de outros postos de combate.
O Segundo-Tenente João Carlos Costa Oliveira, Subcomandante da companhia de soldados, comentou a atividade. “Os recrutas dedicam especial atenção à instrução de tiro, não somente pelos aspectos ligados à segurança, mas também pela oportunidade de realizar uma atividade estritamente operacional”, afirmou.
O Soldado Caio da Silva Laranja foi um dos que realizaram o Tiro de Instrução Básico. “Fiquei um pouco nervoso, mas os instrutores me ajudaram a recuperar a calma e a lembrar das instruções que recebi durante toda a semana, principalmente da respiração, que é fundamento de tiro muito importante. Quando vi o alvo, gostei do resultado. Obtive a nota máxima. Pude chegar em casa e compartilhar o resultado com meu pai e com meus familiares, que também já serviram ao Exército Brasileiro”, comemorou o soldado.
Fonte: ESAO e CCOMSEx
Texto da Revista Sociedade Militar