O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) recusou-se a enviar as imagens da invasão ao Palácio do Planalto para a CPI dos Atos, instaurada na Câmara. A justificativa do órgão é que os arquivos seriam “grandes demais”.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República é o órgão do governo brasileiro responsável pela assistência direta e imediata ao Presidente da República no assessoramento pessoal em assuntos militares e de segurança
Segundo o General Gonçalves Dias, ministro chefe do GSI, o Palácio do Planalto possui circuito interno de segurança composto por 22 câmeras. O período solicitado pela CPI dos Atos na Câmara representa cerca de 165 horas de gravação, ou aproximadamente 250 gigabites de memória. Essa quantidade de dados, segundo a GSI, seria de um tamanho inviável para ser enviado para análise da CPI.
Justificativa “não convence nem tem sem sentido”
O presidente da CPI, deputado estadual Chico Vigilante (PT), disse que fornecerá um HD externo para armazenar as imagens e que enviará técnicos ao Planalto para recolher o material. Para o deputado, a explicação do GSI “não convence e não tem sentido”. “É muito ruim para o governo Lula que fica parecendo que quer esconder algum coisa, quando nós sabemos que toda aquela armação não foi com a conivência do governo Lula”, pontuou.
Além de recusar a solicitação do envio das imagens a CPI, o GSI também não quis enviar as gravações para pessoas que as reivindicaram o material com base na Lei de Acesso à Informação.
A comissão, no entanto, terá acesso sigiloso ao outros documentos de agendas de várias autoridades, incluindo do General Augusto Heleno e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.