Guerras são lembradas por seus desdobramentos, as vitórias obtidas, a presença de homens e mulheres que ingressam nas Forças Armadas para defender sua pátria e seus ideias. Entretanto, nem toda guerra é plena de honra e glória. Alguns conflitos são marcados por atos vis e covardias tamanhas que ficam registradas para sempre nos anais da Histõria. Uma dessas covardias foi o ataque com Napalm a uma aldeia vitnamita. Entre as vítimas, a mais conhecida é Phan Thi Kim Phuc, uma menina que, à época, tinha apenas nova anos de idade. Uma menina que entrou definitivamente para a História ao ser fotografada no longínquo ano de 1972, nua, em prantos e com grande parte de seu corpo corroído pelo Napalm. Esta é a história que iremos narrar para que a memória deste evento jamais seja esquecida.
Organização cronológica dos fatos que envolveram Kim Phuc:
Phan Thi Kim Phuc é a vietnamita que ficou marcada mundialmente como a “Menina da Foto”. Essa alcunha foi recebida após ser fotografada em 1972, com apenas nove anos de idade, correndo nua e em chamas após um bombardeio com napalm em sua aldeia durante a Guerra do Vietnã. A foto a imortalizou como o símbolo máximo da covardia e da crueldade das guerras, sobretudo a Guerra do Vietnã.
Apesar das sequelas físicas, Kim Phuc cresceu e se tornou uma combatente ferrenha contra as guerras e os abusos nelas praticados. Com o passar dos anos, a menina se transformou em uma mulher cujas palavras e depoimentos foram importantíssimos para outras vítimas das guerras e também um símbolo vivo da resistência contra os excessos praticados em combate.
A icônica foto foi produzida pelo fotógrafo vietnamita Nick Ut que capturou a imagem icônica destacando a menina correndo, com uma expressão de dor no rosto, seguida por outras crianças e adultos.
Em 1982, Kim Phuc se formou em medicina na Universidade de Havana, em Cuba, e retornou ao Vietnã para trabalhar como enfermeira. Ela se especializou em pediatria e se dedicou a ajudar crianças vítimas de guerras e conflitos armados. Em 1992, ela se casou com Bui Huy Toan, um estudante vietnamita que conheceu em Cuba.
Sua vida guinou completamente no ano de 1996, quando ela e sua família conseguiram asilo político no Canadá. Lá, Kim Phuc se tornou cidadã canadense em 1997 e fundou a Fundação Kim Phuc, que ajuda crianças vítimas de guerras ao redor do mundo. Ela também se tornou Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO em 1997 e tem trabalhado incansavelmente na busca pela paz e a preservação dos Direitos Humanos.
Ao longo dos anos, Kim Phuc tem sido reconhecida por seu ativismo e sua coragem. Em 2004, ela recebeu o Prêmio da Paz de Dresden e, em 2015, encontrou-se com John Plummer, um dos soldados americanos que a ajudou após o bombardeio em 1972.
Hoje em dia, Kim Phuc continua a dar palestras e a escrever livros sobre sua história e suas experiências. Ela é uma inspiração para muitas pessoas ao redor do mundo, não só por sua resiliência e determinação, mas também por sua mensagem de esperança e amor pela vida.
- 8 de junho de 1972: Kim Phuc é eternizada na História através de uma fotografia feita durante um bombardeio com napalm em sua aldeia, Trang Bang, no Vietnã do Sul.
- Kim Phuc sofre queimaduras de terceiro grau em mais de 30% do corpo e passa por diversas cirurgias e tratamentos dolorosos.
- 1975: Após o fim da Guerra do Vietnã, Kim Phuc volta a estudar e se torna uma estudante exemplar, com interesse especial em matemática e ciência.
- 1982: Kim Phuc se forma em medicina na Universidade de Havana, em Cuba, e retorna ao Vietnã para trabalhar como enfermeira.
- 1986: Kim Phuc consegue permissão do governo vietnamita para estudar na Universidade de Havana novamente, onde se especializa em pediatria.
- 1992: Kim Phuc casa-se com Bui Huy Toan, que conheceu enquanto estudava em Cuba.
- 1996: Kim Phuc e sua família conseguem asilo político no Canadá, onde se tornam cidadãos em 1997.
- Kim Phuc funda a Fundação Kim Phuc, que ajuda crianças vítimas de guerras ao redor do mundo.
- 1997: Kim Phuc torna-se Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO.
- 2004: Kim Phuc recebe o Prêmio da Paz de Dresden.
- 2015: Kim Phuc encontra-se com um dos soldados americanos que a ajudou após o bombardeio em 1972, John Plummer.
- Kim Phuc continua a trabalhar em prol da paz e dos direitos humanos, dando palestras e escrevendo livros sobre sua história e suas experiências.
Dez livros em português para que se aprofundem no tema:
- “A menina da foto: A história de Kim Phuc, a fotografia e a guerra do Vietnã” por Denise Chong
- “Estrada do fogo: A jornada da Garota de Napalm pelos horrores da guerra até a fé, o perdão e a paz” por Kim Phuc Phan Thi e Ashley Wiersma
- “Napalm: Uma biografia americana” por Robert M. Neer
- “Victor Charlie: O rosto da guerra no Vietnã” por Donut Dolly, Ann H. Bernard e Terry Barnhart
- “Triage: O diário de um cirurgião de combate no Vietnã” por Richard Carmona
- “A Guerra do Vietnã: Uma história íntima” por Geoffrey C. Ward e Ken Burns
- “Vietnã: Uma história” por Stanley Karnow
- “Despachos” por Michael Herr
- “O que eles levaram” por Tim O’Brien
- “Matterhorn: Um romance da Guerra do Vietnã” por Karl Marlantes