Em um intervalo pouco maior do que uma semana, um novo ataque foi direcionado contra as forças do Exército e voluntários que defendem o norte de Burkina Faso. Somando o número de mortos do ataque passado com as vítimas fatais deste novo atentado, as baixas chegaram ao assustador número de 84, entre militares e civis.
Ainda não há identificação dos autores do ataque que ocorreu ontem (dia 15) nas proximidades de Ouahigouya, cujo número de vítimas fatais é, até o momento, de 40 pessoas (6 militares e 34 integrantes das forças de defesa), além de 33 feridos. Os ataques anteriores foram atribuídos aos jihadistas.
O comunicado oficial destaca que a intenção do ataque foi atingir um destacamento militar e os Defensores da Pátria que faziam a segurança das instalações do aeródromo de Ouahigouya, segundo publicado pela Jovem Pan News.
A onda de violência não é novidade para a população local. Desde 2015 que levantes jihadistas ameaçam o governo local. Ataques similares vitimaram – ao longo dos 8 anos de levantes – mais de 10 mil pessoas.
A região de Burkina Faso tem quase um terço de seu território dominado pela Al-Qaeda e o Estado Islâmico, responsáveis pela maior parte dos ataques contra as forças de segurança do país.
No final de março o governo de Burkina Faso suspendeu as transmissões do canal France 24 por este ter transmitido uma entrevista com o líder da Al-Qaeda.