Em artigo publicado no portal Defesa Net, o General de Exército (R1) Carlos Alberto Pinto Silva faz grave denúncia: “Estamos ignorando a História”. A crítica é antecedida pela citação das palavras de outro General, o francês Charles de Gaulle, que disse uma vez que “políticos, judiciário, militares, e a sociedade deveriam representar juntos, se um faltar ao debate, tudo, possivelmente, estará perdido”. Mais adiante, veremos o motivo da citação.
O General Pinto destaca a importância de considerar a história em nossas ações e decisões atuais. Menciona ainda alguns percalços históricos, como a falta de apoio e despreocupação do Império com o Exército após a Independência do Brasil, bem como a falta de preparação durante a Guerra do Paraguai.
A história nos mostra a imprevidência, a falta de confiança e o “descaso” do Império para com o Exército após a Independência do Brasil, em 1822, quando essa força terrestre passou a ser considerada pelas autoridades imperiais como uma ameaça à estabilidade política do novo sistema de governo.
No início da Guerra do Paraguai, o nosso pequeno e mal aparelhado Exército deixava muito, senão tudo, a desejar, desde a instrução técnica e o preparo indispensável para a guerra até o comissariado de víveres e forragens, o serviço sanitário, o aprovisionamento de armas, fardamento, equipamento, meios de transporte etc.
O General também aborda o papel dos meios de comunicação na política, citando o exemplo da CNN nas eleições americanas de 1992. Porém, o que mais chama a atenção nesta parte é a sua visão acerca da última eleição brasileira.
Os novos meios de comunicação fazem algo mais que alterar os resultados eleitorais. Ao concentrar as câmeras primeiro em uma crise e quase a noite e logo na outra manhã em outra, os meios determinam cada vez mais a agenda e obrigam aos políticos a abordar uma corrente constante de crises e controvérsias,” como ocorreu no Brasil nas eleições de 2022, onde o processo de apoio eleitoral a um candidato, que tinha sido desmoralizado anteriormente pelas mesmas câmeras, teve início desde 2019 com a desconstrução diária do presidente em exercício e principal candidato no pleito de 2022.
O General Pinto segue dissertando sobre a interdependência entre políticos, judiciário, militar e a sociedade, ressaltando a necessidade de um conjunto de debate para alcançar objetivos comuns. Destaca também a influência dos meios de comunicação e a importância de os atores políticos estarem atentos a essa realidade.
No contexto da disputa política, Pinto Silva faz referência às considerações de Charles de Gaulle e Alvin Toffler, enfatizando a importância de líderes políticos, militares e da sociedade civil trabalharem juntos. Ele argumenta que, no momento em que nos encontramos, falta liderança capaz de orientar e guiar a sociedade, apresentando ideias que promovam o desenvolvimento econômico e social desejado.
“O principal problema da SOCIEDADE, é que no momento faltam pessoas capazes de orientá-la e guiá-la (Pessoas pensantes – Lideranças), que apresentem ideias que possam levar o país ao desenvolvimento econômico e social desejado. Pessoas unidas e pensando de forma criativa podem realizar o impossível. A união gera a força, tanto entre os integrantes de uma mesma causa, como no propósito da própria causa. Essas pessoas arrastarão outras.”
O trecho destacado do artigo enfatiza a importância do olhar para o futuro e busca o entendimento necessário entre políticos, burocracia, militares e sociedade. O autor ressalta que, quando os interesses nacionais estão em jogo, é fundamental evitar uma guerra de críticas e ofensas às instituições, especialmente às Forças Armadas.
O General argumenta ainda que a atual situação de demonização das Forças Armadas é extremamente perigosa para o país, tanto no âmbito interno quanto externo. Essa demonização pode levar à desunião e enfraquecimento do moral da nação brasileira.
É necessário olhar para o futuro. É preciso que políticos, burocracia, militares e a sociedade, busquem o entendimento necessário, principalmente quando interesses nacionais estão em jogo. Afinal, assim entendemos, pertencemos a um conjunto único e queremos o melhor para o Brasil.
O que estão fazendo, com uma guerra de críticas e ofensas as Instituições, principalmente às “Forças Armadas”, podem criar a desunião e enfraquecer o moral da “Nação Brasileira”.
A atual situação de demonizar as Forças Armadas é a mais crítica, perigosa, e indesejada para o nosso país, no campo interno ou externo, no atual momento.
O artigo conclui afirmando que é preciso olhar para o futuro e buscar o entendimento entre política, burocracia, militar e sociedade. Critica a guerra de críticas e ofensas às instituições, especialmente às Forças Armadas, enfatizando que essa situação pode causar desunião e enfraquecer o país. O autor destaca a importância de uma reação política para a construção de um país administrativo, superando a rotina habitual e buscando um salto transformador para o Brasil.
A luta pelo poder é política; as Forças Armadas são só um dos muitos instrumentos para alcançar objetivos políticos; e o cérebro humano é o campo de batalha final.
A reação política, para se ter um país realmente democrático, tem que começar em algum lugar e de alguma forma, não pode ficar apenas no previsível, se formos manteremos a rotina de sempre, e jamais daremos o grande salto que o Brasil precisa.
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