Durante os últimos meses as redes sociais do exército brasileiro têm sido mantidas fechadas para comentários de seguidores. Só no Twitter, a mais política das mídias sociais, a força terrestre tem mais de 2.2 milhões de seguidores. Acredita se que o fechamento que gerou a proibição de comentários de seguidores na rede se deu por conta do enorme número de críticas quanto ao comportamento dos militares após o resultado das eleições de 2022.
Durante as últimas semanas de abril de 2023 a administração do Twitter reconheceu várias forças armadas do planeta como instituições públicas relevantes, brindando-as com o selo cinza. Entretanto, o Exército Brasileiro, diferente da maioria dos grandes exércitos do planeta, permaneceu com o selo azul, distribuído para pessoas comuns, que pagam para ter o direito de usá-lo e para instituições de baixa relevância.
A partir da última semana de abril percebeu-se uma mudança na política de administração das redes sociais do exército brasileiro.
Nessa segunda-feira, primeiro de maio de 2023, em uma postagem sobre operações em montanha, várias respostas de usuários têm teor crítico em relação ao comportamento da força terrestre no que diz respeito à política no país.
“Cara vcs podem escalar montanhas , fazer treinamento na mata no deserto e ir pro fundo do mar, mais se vcs ignoram seu povo nada disso vale…”
“Montanha pra quê, se única coisa que fizeram foi ajudar o Ladrão de 9 dedos subir a rampa do Palácio.”
A força terrestre voltou a permitir comentários de leitores e seguidores, aparentemente nenhum deles está sendo censurado e as críticas têm sido permitidas como pode se atestar na imagem abaixo, as ações estão de acordo com o que foi determinado pela diretriz para o quadriênio esperado sob o comando do General de Exército Tomás Miné, que espera fortalecer a imagem e a reputação do Exército Brasileiro nesse período.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar