A Marinha do Brasil informou que fez uma apreensão de uma embarcação que realizava pesca ilegal na costa do Amapá, extremo norte do Brasil. Foram confiscados cerca de uma tonelada de lagostas vermelhas, além de 3 mil metros de redes e 25 pares de boias de pesca.
O barco pesqueiro teria sido abordado a 270 milhas náuticas, cerca de 500 quilômetros, da capital do Amapá, Macapá. O Navio-Patrulha (NPa) “Guarujá” precisou conduzir a embarcação do alto mar até o cais da Capitania dos Portos do Amapá por dois dias para poder concluir a apreensão.
O barco apreendido utilizava equipamentos de pesca não permitidos. Além disso, nenhum dos sete tripulantes a bordo possuía qualquer habilitação para conduzir a embarcação.
Carga apreendida foi destinada ao projeto Mesa Brasil Sesc
“A presença constante de meios navais na área marítima próxima à foz do rio Amazonas é essencial para melhores condições de segurança do Arco Norte. A ação também colabora para a manutenção e o incremento da segurança do tráfego aquaviário”, declarou o Capitão de Mar e Guerra Ondiara Barbosa, Comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, sobre a operação.
O NPa “Guarujá” participa da operação “PatNav Norte”, cujo objetivo é fiscalizar as águas brasileiras. A operação é feita em parceria com agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama.
A carga de lagosta apreendida foi doada ao projeto Mesa Brasil Sesc, que contribui para a garantia da segurança alimentar de pessoas em vulnerabilidade social. O Mesa Brasil SESC é uma rede nacional de bancos de alimentos que visa combater a fome e o desperdício.
Navio-Patrulha “Guarujá”
O NPa Guarujá, ou P-49, é uma embarcação da Marinha do Brasil do tipo Navio-Patrulha. Suas principais missões incluem Inspeção Naval, Patrulha Naval, Salvaguardar Vida Humana no Mar, e a Fiscalização das Águas Territoriais Brasileiras. O NPa Guarujá integra o Grupamento Naval do Norte.
Com 46,5m de comprimento, o NPa Guarujá é equipado com um canhão 40mm e duas metralhadoras 20mm. Sua tripulação é composta por 28 militares.
O navio atua principalmente nos rios da Amazônia e nos litorais do Pará, Maranhão, Piauí e Amapá. Sua autonomia para navegação é de duas semanas sem a necessidade de paradas para reabastecimento.