O Plenário do Senado aprovou a criação de um grupo para melhorar as relações com o parlamento da Ucrânia. O projeto visa incentivar e desenvolver relações bilaterais entre os poderes legislativos brasileiro e ucraniano.
O Grupo Parlamentar Brasil-Ucrânia será composto por senadores que manifestarem desejo de fazer parte da equipe, sendo o presidente da Comissão de Relações Exteriores o único a ter assento garantido no grupo. O atual presidente da comissão é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Para Flávio Arns (PSB-PR), autor do projeto, a diplomacia parlamentar vai além das relações entre os Parlamentos, mas deve contribuir para as boas relações entre as nações. Na justificativa da sua proposta, o senador também observa que a cultura e as tradições da nação europeia “mostram-se presentes nos lares de nossa gente, sobretudo do Sul do país”.
Flávio Arns é natural do Paraná, que abriga o maior número de pessoas de origem ucraniana no Brasil. Estima-se que 600 mil ucranianos vivam no país.
Entre as atividades a serem desenvolvidas pelo Grupo Parlamentar, estão previstas visitas parlamentares, promoção de eventos, debates e estudos que visem melhorar as relações bilaterais entre o Brasil e a Ucrânia.
Iniciativa não é a primeira no Congresso
O Congresso brasileiro tem várias iniciativas parecidas de relações bilaterais com outros países, mas que não necessariamente se reúnem regularmente. Por exemplo, o grupo do Senado para as relações com a Argentina realizou sua última sessão em março de 2020. Outros grupos não se encontram ainda a mais tempo: os responsáveis pela China e pelos Estados Unidos, por exemplo, estão desde 2019 sem realizar reuniões.
No entanto, os grupos responsáveis pelas relações com Índia, Venezuela e Israel já se reuniram após as últimas eleições. Grupos semelhantes também existem na Câmara dos deputados, também buscando a promoção de relações bilaterais entre países amigos.
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