O Tenente-coronel Mauro Cid, preso recentemente pela Polícia Federal e já transferido para o Batalhão de Polícia do Exército por ser militar da ativa, revelou preocupação sobre o andamento das investigações sobre tudo o que está contido nas conversas que teve com o ex-major Ailton Barros.
Conforme já publicado aqui pela Revista Sociedade Militar em 07 de maio passado no link https://www.sociedademilitar.com.br/2023/05/whatsapp-de-tenente-coronel-revelam-suposta-fraude-em-cartao-de-imunizacao-de-suas-filhas-que-teriam-sido-vacinadas-antes-do-tempo-permitido-nvd.html , teve seu sigilo telefônico quebrado por investigação da Polícia Federal que teria revelado conversas preocupantes com o também preso na mesma operação, ex major Aílton Barros.
O teor das conversas dele com o ex major e deste com o coronel Élcio Franco teriam revelado e confirmado fraudes em cartões de vacina para ele, sua filha e para Bolsonaro e sua filha no primeiro caso e um plano de tramas de golpe militar com o Exército e tentativa de prisão do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes no segundo caso.
Segundo levantado pela CNN, o tenente-coronel Mauro Cid, está recebendo visitas de amigos e parentes dentro de seu direito constitucional. Algumas dessas visitas revelaram que ele está bem, mas preocupado com a evolução do processo.
Porém, não obstante tudo o que aconteceu, ele parece estar seguro que não fará ou falará nada que possa envolver, ´´trair´´ ou prejudicar o ex-presidente Bolsonaro. Cid teria consciência da gravidade da situação e nem sequer esboçou alguma negação do conteúdo das conversas reveladas das transcrições de seu celular.
No diálogo entre Élcio e Ailton fala-se em passar por cima do então comandante do Exército, Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército. Em um dos áudios, Élcio diz: “O Freire [comandante do Exército] não vai. Você não vai esperar dele que ele tome à frente nesse assunto, mas ele não pode impedir de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele tá mostrando. Ele tá com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o quê? Ele ter insuflado? Qual foi a sua assessoria? Ele tá indo pra pior hipótese. E qual, qual é a pior hipótese?“.
Élcio emenda: “Ah, deu tudo errado, o presidente foi preso e ele tá sendo chamado a responder. Eu falei, ó. eu, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente, pô, falei que não, não deveria fazer, que não deveria fazer, que não deveria fazer e pronto. Vai pro Tribunal de Nuremberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu, comandante da Força, tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então, sinceramente, é dessa forma que tem que ser visto“.
Mais adiante, Aílton Barros diz para Élcio Franco: “Esse alto comando de m… que não quer fazer as p…, é preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens“.
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