A escalada de violência na guerra entre as Forças Armadas da Rússia e Ucrânia pode trazer sequelas para o resto da Europa e Ásia. Isto se dá em função do ataque que destruiu a barragem de uma usina hidroelétrica e, consequentemente, alagou uma cidade. A cidade em questão é Nova Kakhovka, cujo nível de água já chegou a 11 metros em algumas áreas. Entretanto, o maior problema não se resume ao alagamento em si, pois as autoridades se preocupam com outra ameaça: a nuclear.
Nova Kakhovka é a cidade onde fica a barragem que fornece água para a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa. A água da barragem também serve à península da Crimeia.
A usina de Zaporizhzhia já tem pontos de alagamento que chegam a 7 metros, o que pode prejudicar o funcionamento da mesma. Autoridades locais, no caso a Agência estatal de energia hidrelétrica, temem que o crescente alagamento possa afetar a usina nuclear. Mas, até o momento, a situação está sob aparente controle.
Versões do ataque.
Há acusações de ambas as partes. Russos alegam que a explosão é fruto de bombardeio ucraniano. Por sua vez, os ucranianos afirmam que a explosão é o resultado de um ataque terrorista russo. A inteligência ucraniana afirma que a destruição da barragem é um crime de guerra, pois foi praticada propositalmente pelos russos que ocupam a usina.
Russos e ucranianos se acusam mutuamente de atos terroristas. A tensão na região só aumentou com esse episódio que põe em risco toda a região.
Ainda segundo informações da agência estatal de energia hidrelétrica da Ucrânia, a usina de Kakhovka foi destruída em sua totalidade após a explosão na sala de máquinas. Não há, segundo a agência, condições de reparo da usina.
Mesmo diante das notícias de aparente tranquilidade, o governador de Kherson, ligado ao governo da Ucrânia, citou que o nível de água pode atingir patamares críticos nas próximas horas. A mesma informação foi negada pela Agência Internacional de Energia Atómica.