Esta semana, caças e bombardeiros do Exército Popular de Libertação, o PLA, avançaram sobre a linha de 24 milhas náuticas que separa a ilha de Taiwan da China continental. De acordo com um relatório publicado posteriormente no Global Times, jornal estatal chinês, militares chineses declararam que o avanço sobre a linha é totalmente legítimo. Além disso, autoridades chinesas ainda alertaram que se os elementos separatistas “pró-independência de Taiwan” continuarem a incitar a separação, o PLA responderá.
Somente na última semana, o Ministério da Defesa de Taiwan informou que havia avistado 21 aeronaves do PLA, 5 navios do PLA e 8 aviões de combate voando através da linha mediana do Estreito de Taiwan.
O Global Times conversou com um especialista militar da China Continental. O especialista explicou que a linha de 24 milhas náuticas é frequentemente usada para descrever a zona contígua entre os dois países. No entanto, o militar enfatizou que embora o ministério da defesa taiwanês use a ideia de uma zona contígua para exagerar as “ameaças” do PLA, como Taiwan é parte integrante da China, o PLA teria permissão para operar em qualquer lugar dentro e ao redor da ilha.
Ameaças tem sido frequentes nos ultimos anos
Nos últimos três anos, a força aérea da China entrou com frequência no espaço aéreo de Taiwan. De sua parte, contudo, Pequim tem sido categórica em sua recusa em reconhecer a linha mediana.
“A linha mediana é um conceito inexistente que divide os dois lados do Estreito de Taiwan do meio, e a linha mediana nunca foi reconhecida pelo continente chinês”, escreveu a reportagem do Global Times. Nesse sentido, a China discorda portanto que cruzar a linha se trata de um ato hostil.
Na semana passada, inesperadamente, bombardeiros H-6K do Exército Popular de Libertação da China realizaram diversas missões em torno de Taiwan. Especialistas afirmaram que tais exercícios se tornariam rotineiros e devem servir principalmente de alerta para o governo Taiwanês.
Enquanto isso, Taiwan tem feito esforços para lidar com a perene ameaça persistente da China, reforçando sua produção militar com ênfase em mísseis.
Fontes: Global Times / Eurasian Times