Segundo o General britânico aposentado Richard Shirreff, a OTAN não está pronta para enfrentar um conflito com a Rússia. Em entrevista à revista norte-americana Newsweek, Shirreff destacou que a Aliança Atlântica falhou na dissuasão e perdeu a oportunidade de aumentar seu poder após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. Suas preocupações levantaram questionamentos sobre a capacidade da OTAN em gerar forças prontas para uma guerra com o país vizinho.
“Estou seguro de que a OTAN será realmente capaz de gerar forças convencionais prontas para uma guerra convencional com a Rússia? Não, não estou.”, disse ele
O General Shirreff, um influente militar com vasta experiência, alertou que uma guerra terrestre e aérea está ocorrendo atualmente na Europa Oriental, esperando investimentos em ar e terra para garantir a segurança e as forças da OTAN. No entanto, ele ressalta que isso não foi devidamente feito. Durante a cúpula em Madri, no ano passado, o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, anunciou planos para aumentar as forças de alta prontidão para 300.000 soldados, mas essa promessa não foi recebida.
Há uma grande guerra acontecendo na Europa Oriental. É uma guerra terrestre e uma guerra aérea, então você precisa investir em ar e terra, e isso não foi feito”, disse Shirreff. “No ano passado, em sua cúpula em Madri, (o secretário-geral da Aliança) Jens Stoltenberg anunciou que a OTAN aumentaria suas forças de alta prontidão para 300.000 — isso simplesmente não aconteceu.”, disse o general.
Essa avaliação crítica do general britânico sobre a preparação da OTAN é um alerta importante para os países membros da Aliança. A anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 já provou uma capacidade de ação agressiva por parte do país, e é crucial que a OTAN esteja preparada para enfrentar possíveis ameaças futuras.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusa os Estados Unidos e a OTAN de estarem diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, fornecendo armas e treinando pessoal em diversos países, como Reino Unido, Alemanha e Itália, de acordo com o portal de notícias russo RIA. O presidente russo, Vladimir Putin, durante a Parada da Vitória em Moscou, no dia 9 de maio, afirmou que uma guerra havia sido desencadeada contra a Rússia novamente, reiterando a disposição do país em proteger os moradores de Donbass e garantir sua própria segurança.
Fonte: Newsweek