Nesta sexta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que as forças do país repeliram numerosos ataques das forças ucranianas. Os russos alegam que inflingiram perdas significativas nas tropas da Ucrânia. Mais de 500 soldados ucranianos teriam sido mortos.
O presidente russo, Vladimir Putin, apressou-se em confirmar os relatos. Em sua declaração, negou os relatos sobre os supostos sucessos da contra-ofensiva ucraniana. Putin disse que “em nenhum momento os ucranianos alcançaram seus objetivos”. O presidente russo também disse que a Ucrânia logo ficará sem seu próprio equipamento militar e será totalmente dependente de ajuda do Ocidente.
Mais ajuda da OTAN
A Ucrânia enviará dezenas de pilotos de combate para treinar em caças F-16 fabricados nos EUA, segundo o porta-voz da força aérea ucraniana, Yuriy Ihnat. Holanda e Dinamarca, dois membros da OTAN, lideram os esforços para treinar esses pilotos e a equipe de apoio que ajudará a fazer a manutenção das aeronaves.
Por sua vez, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que os aliados da OTAN podem estar prontos para remover obstáculos no caminho da Ucrânia para poder ingressar na aliança militar.
Putin respondeu que há um “sério perigo” de que a aliança militar seja puxada ainda mais para o conflito na Ucrânia.
Ameaça nuclear
Ainda na sexta-feira, Vladmir Putin confirmou que a Rússia enviou armas nucleares para o país vizinho, a Bielorrússia. O presidente russo foi enfático ao dizer que a Rússia poderia “teoricamente” usar armas nucleares se houvesse uma ameaça à sua integridade territorial ou existência.
A Casa Branca repudiou os comentários de Putin sobre o possível uso de armas nucleares, acrescentando que os EUA não fariam ajustes em sua própria postura nuclear em resposta à retórica.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chamou a fala de Putin de “irônica“. Blinken citou a justificativa inicial de Putin para a invasão da Ucrânia, alegando à época que seria uma ação para impedir que Kiev obtivesse armas nucleares.
Crise humanitária
As Nações Unidas estimam que um número “extraordinário” de 700.000 pessoas precisam de água potável no leste da Ucrânia após o colapso da barragem de Kakhovka.
Diversos bairros da cidade de Kherson estão parcialmente inundados depois da explosão que destruiu a represa. Ambos os lados se acusam do fato, que a imprensa internacional tem chamado repetidamente de “ecocídio”.
Fonte: Al Jazeera / Ukraine.ua