Um artigo recente publicado na Revista do Exército Brasileiro aborda o tema do Grupo Wagner e seus envolvimentos na Guerra da Síria, ressaltando a importância da pesquisa para os militares brasileiros. O autor, especialista em Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, argumenta que atores não estatais estão sendo empregados por potências militares, como a Rússia, em conflitos externos, o que representa uma possível ameaça ao Brasil.
O texto começa apresentando a relevância da pesquisa para os militares brasileiros, destacando a utilização de atores não estatais — fazendo uma descrição sobre grupos mercenários — por potências militares em conflitos externos. Especificamente, o autor, Douglas de Paula Machado, explana sobre o Grupo Wagner, uma companhia militar privada russa, que se envolveu na Guerra da Síria (e agora na Ucrânia) em prol dos interesses do Estado russo.
Em seguida, ele discute os principais pontos relacionados à Guerra da Síria, desde sua origem até os atores envolvidos e os desdobramentos do conflito. O autor destaca a complexidade da guerra, com a participação de potências como Estados Unidos, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Turquia e Israel, além de grupos não estatais como o Estado Islâmico e o povo curdo.
Machado ressalta ainda que o envolvimento russo na Guerra da Síria é fundamental para compreender o modo como o Estado russo alcançou a vitória nesse conflito complexo. Nesse contexto, o Grupo Wagner é apresentado, evidenciando sua finalidade, composição e organização como uma companhia militar privada.
Posteriormente, o texto explora a intervenção russa na Síria, focando nas diretrizes e interesses internacionais do governo Putin. A importância estratégica da região para a Rússia é destacada, ressaltando como o sucesso na manutenção do governo de Bashar al-Assad assegura os interesses russos na Síria, na região e no sistema internacional.
O autor do artigo destaca que atores não estatais, como o Grupo Wagner, estão sendo empregados por potências militares, como a Rússia, em conflitos externos. Esse fenômeno representa uma possível ameaça contemporânea, embora os militares brasileiros tenham conhecimento sobre as diversas formas de ameaças atuais.
O Grupo Wagner, segundo o autor, teria ganhado destaque na Guerra da Síria, onde atuou em prol dos interesses russos. O sucesso atribuído a essa companhia militar privada na conquista de territórios e interesses do governo de Bashar al-Assad beneficiou a política externa russa.
Por fim, é afirmado que “Há informações de emprego do Grupo Wagner na Venezuela“, o que levanta preocupações sobre a atuação desse grupo em um país vizinho ao Brasil. Essa referência aumenta a importância de os militares brasileiros estarem cientes e monitorarem a presença e as atividades de grupos privados como o Grupo Wagner, visando à segurança e à defesa nacional.
Leia o artigo publicado na Revista do Exército clicando aqui.