O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou neste domingo (11) que não vê, no momento, qualquer base para a abertura de negócios que visem terminar a guerra na Ucrânia. Em entrevista coletiva, Peskov destacou a falta de vontade e disponibilidade do “regime” ucraniano em se sentar à mesa de diálogo.
Ele citou as mensagens constantes do presidente Volodymyr Zelensky em favor da adesão do país à OTAN como um dos principais obstáculos para a busca de um acordo de paz.
Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a situação atual não envolve apenas condições prévias, mas também a ausência de qualquer base, mesmo que fraca, para a construção de algum tipo de diálogo entre a Rússia e a Ucrânia.
Ele criticou a falta de vontade e disponibilidade do “regime” ucraniano em relação ao diálogo, afirmando que é necessário que as partes estejam dispostas a se sentar à mesa para que qualquer progresso seja alcançado.
Uma das razões apontadas por Peskov para a falta de vontade do “regime” ucraniano em negociar é a postura de Volodymyr Zelensky em relação à OTAN. O presidente ucraniano tem se manifestado a favor da adesão do país à organização militar, o que vai contra uma das condições prévias protegidas pela Rússia para a negociação do fim do conflito. Segundo Peskov, comentários como esses demonstraram a falta de vontade e incapacidade de Kiev em resolver os problemas existentes por meio das relações.
Além disso, a fórmula de paz proposta por Zelensky inclui a exigência da retirada das forças russas da Crimeia e do leste da Ucrânia. Essas demandas são consideradas intoleráveis por Moscou, o que dificulta ainda mais a possibilidade de um processo de diálogo efetivo. A Rússia vê essas exigências como obstáculos intransponíveis para a busca de um acordo de paz na região.
A adesão da Ucrânia à OTAN e o impacto nas relações de paz
A adesão da Ucrânia à OTAN tem sido um ponto de discórdia nas relações de paz com a Rússia. A Rússia considera a expansão da OTAN em direção às suas fronteiras como uma ameaça à sua segurança nacional. A adesão da Ucrânia à OTAN é vista como uma ajuda dessa aliança militar em direção ao território russo, o que poderia aumentar a tensão entre as partes.
A Rússia estabeleceu uma declaração pública de neutralidade por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como uma das condições prévias para a negociação do fim do conflito.
Fonte: Agência Brasil