A Guerra da Ucrânia está entrando em uma nova fase. Após a conturbada “Ofensiva de Primavera” ucraniana e a rebelião do Grupo Wagner contra Vladmir Putin, ambos os países entraram em um duelo de narrativas para tentar demonstrar que um lado está se saindo melhor que o outro. Enquanto a Ucrânia parece, de fato, estar recuperando algum terreno em áreas específicas, os russos demonstram estarem firmes em suas posições conquistadas.
A pergunta que fica, é: no final, quem se sairá melhor?
Os números da guerra certamente são assustadores. Ao todo, mais de 8 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, enquanto outros milhões dentro do país precisam de assistência humanitária urgente. Muitos estão presos ou incapazes de deixar o território ucraniano devido ao aumento da violência, a destruição de pontes e estradas e a crescente falta de recursos.
Perdas na casa dos milhares
Segundo a agência de nóticias Reuters, um número acima de 350.000 soldados russos e ucranianos já foram mortos ou feridos na guerra da Ucrânia. Para piorar, o conflito dá sinais que irá se prolongar e que pode durar muito além de 2023.
Próximo a completar cinco centenas de dias de guerra, o jornal Ukrainska Pravda também fez uma compilação dos números da guerra. Ao relatar as baixas do lado russo, o jornal indicou que foram perdidos aproximadamente:
- Navios e barcos: 18
- Drones e UAVs: 3519 (6 nas últimas 24 horas)
- Veículos não-blindados/Caminhões tanque: 6785 (5 nas últimas 24 horas)
- Veículos blindados de combate: 7863 (6 nas últimas 24 horas)
- Lançadores de foguete: 630 (3 nas últimas 24 horas)
- Sistemas de Defesa Aérea: 389 (1 nas últimas 24 horas)
- Peças de artilharia: 4127 (11 nas últimas 24 horas)
- Tanques: 4041 (3 nas últimas 24 horas)
- Helicópteros: 308
- Aeronaves: 315
Ainda segundo o jornal, o número de baixas no lado russo é de impressionantes 228.340, sendo 560 apenas nas últimas 24 horas.
Front estagnado
Apesar dos efeitos perturbadores, tanto da Ofensiva de Primavera quanto do recente motim dos rebeldes do Grupo Wagner, o front segue mais ou menos estagnado. Na última semana de combate foi registrado pouquíssimo avanço, com ganhos quase insignificantes, sejam ucranianos ou russos.
Valerii Zaluzhnyi, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia, disse que, para um progresso bem-sucedido no front, a Ucrânia precisa de mais armas de todos os tipos, significativamente mais projéteis e, é claro, caças F-16 para ter superioridade aérea .
Segundo Zaluzhnyi, caças do tipo são necessários para romper o corredor terrestre entre a Rússia continental e a Crimeia. Quebrar essa conexão entre as duas regiões afetaria significativamente a capacidade da Rússia de reabastecer suas tropas.
Fontes: Ukrainska Pravda / Reuters