Sob o lema EDUCAR E INSPIRAR GUERREIROS E LÍDERES DO ESPAÇO, o National Security Space Institute (NSSI) é a principal fonte da Força Espacial dos EUA para educação espacial contínua, complementando os programas de educação espacial já existentes na Universidade do Ar, na Escola Naval de Pós-Graduação e no Instituto de Tecnologia da Força Aérea.
O NSSI fornece educação continuada profissional espacial proativa e relevante direcionada para o Departamento de Defesa, entidades governamentais dos EUA e parceiros internacionais, a fim de desenvolver graduados com capacidade intelectual e agilidade para dissuadir conflitos, (desenvolver) habilidades de defesa e fazer face a agressões no âmbito espacial.
É no NSSI que o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, designou um tenente-coronel aviador para realizar o curso Introduction to Space (ITS) (introdução ao espaço).
O ITS é um curso básico individualizado dirigido a todos os ramos de agências governamentais/serviço, bem como nações parceiras selecionadas. Provê educação para recursos humanos e usuários finais com pouca ou nenhuma exposição a operações espaciais. O curso abrange uma ampla gama de tópicos desde história espacial a sistemas futuros.
Após a conclusão, os formandos poderão:
1) Conhecer conceitos científicos básicos e terminologia associada a operações espaciais.
2) Conhecer os princípios de operação espacial e como esses princípios influenciam essas operações.
3) Saber como as habilidades espaciais podem apoiar operações conjuntas.
INVESTIMENTO MILIONÁRIO E SEM CONTRAPARTIDA GARANTIDA
Como dito acima, o NSSI é o próximo degrau nos conhecimentos relativos aos programas de educação espacial existentes na Escola Naval de Pós-Graduação. Foi na Naval Postgraduate School, em Monterrei, Califórnia, que outro militar da FAB, o atual Senador Marcos Cesar Pontes, também tenente-coronel, publicou em 1998 (quando suas funções militares se encerraram e passou a ser astronauta) sua tese “Polarization effects on infrared target contrast” necessária para obter o mestrado em engenharia de sistemas.
Matéria publicada pela Revista Sociedade Militar trouxe à luz alguns números sobre a evasão de oficiais da Força Aérea Brasileira, inclusive de pilotos em cuja formação foram investidos consideráveis recursos estatais. Marcos Pontes, por exemplo, foi motivo de indignação em 2006 quando, aos 43 anos foi para a reserva. Seus sete anos de treinamento custaram ao pagador de impostos US$ 10 milhões (R$ 37 milhões).
“Foi um dinheiro e tanto. E agora, quando ele poderia partilhar esse aprendizado com colegas, pede o afastamento”, disse à época o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), então integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Segundo o parlamentar “é preciso que o governo crie mecanismos de proteção, peça contrapartidas para evitar que o investimento acabe sendo desperdiçado”, avalia.
O deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) destacou o fato de que Pontes tenha entrado para reserva aos 43 anos. “Muitos imaginaram que o astronauta permaneceria na carreira por patriotismo. Mas, no caso, o que mais importou foram os interesses pessoais.” Goldman, que é da mesma comissão, avalia ser indispensável a criação de regras para garantir a permanência de futuros astronautas no serviço público.
Orlando Fantazzini (PSOL-SP) disse temer que o desfecho da história do primeiro astronauta brasileiro se refletisse no próprio Programa Espacial Brasileiro. “Foi uma esfriada de ânimo. Ele aprendeu bastante com dinheiro público e agora vai dividir experiências com o setor privado. É claro que isso frustra.”