Desde os primórdios do cinema, filmes épicos exploram os impactos devastadores da guerra. A Sétima Arte busca inspiração em diversos conflitos, narrando histórias grandiosas com personagens marcantes.
Os filmes de guerra têm sobretudo a capacidade de destacar histórias que são amplamente desconhecidas, ou ainda, cobrir tópicos bem conhecidos de uma perspectiva mais diversificada. Nem sempre, contudo, descrevem um conflito real, mas nem por isso, são menos impactantes.
Por isso, a Revista Sociedade Militar resolveu preparar um compilado de grandes filmes sobre o tema que ninguém pode deixar de ver. Confira.
5 – Guerra ao Terror (The Hurt Locker)
Um especialista em bombas, Sargento William James, enfrenta desconfiança e riscos no Iraque. “Guerra Ao Terror” destaca não só os perigos imediatos da guerra, mas também suas consequências a longo prazo.
Quando volta pra casa, no entanto, James não consegue se ajustar a uma vida normal. O diretor faz um trabalho incrível mostrando não apenas como a guerra em si é ruim para o Sargento, mas suas consequências a longo prazo.
As cenas que mostram James desarmando bombas são meticulosamente encenadas e verdadeiras causadoras de ansiedade. Não surpreendente, “Guerra Ao Terror” levou seis Oscars, incluindo Melhor Filme.
14 – 1917
Abordagem cinematográfica fascinante na Primeira Guerra Mundial, destacando as decisões em frações de segundo e os momentos tensos entre soldados. Uma experiência visual única.
Will Schofield e Thomas Blake fazem parte de uma companhia britânica da Primeira Guerra Mundial que recebem ordens de seu comandante para ir para trás das linhas inimigas. Schofield e Blake traçam um curso através da terra de ninguém, onde devem sobreviver aos atiradores alemães e diversas outras armadilhas. Embora ambos já tenham visto ação antes, esse isolamento apresenta incríveis novos desafios, testando os nervos dos protagonistas.
“1917” nunca diminui a tensão. Além disso, os dois atores principais têm uma ótima química. Um filme de tirar o fôlego, do começo ao fim.
13 – Terra de Minas (Land Of Mine)
Prisioneiros de guerra alemães, incluindo adolescentes, são enviados à Dinamarca para desarmar minas terrestres. Uma produção que vai além do tradicional “mocinhos contra bandidos” da Segunda Guerra Mundial.
O sargento dinamarquês Carl Leopold Rasmussen é encarregado dessas operações. Embora a princípio seja brutalmente comprometido com a tarefa em suas mãos e demasiadamente cruel com os jovens soldados alemães, com o tempo, Rasmussen começa ele próprio a sentir o fardo do seu trabalho. Uma dinâmica muito interessante em uma produção tensa e emocionante que ilumina um aspecto pouco conhecido do conflito.
“Terra de Minas” vai certamente muito além da fórmula “mocinhos contra bandidos” comum em filmes sobre a Segunda Guerra Mundial.
12 – A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai)
Considerado um dos maiores filmes de todos os tempos pela crítica especializada, o épico drama de guerra A Ponte do Rio Kwai, de 1957, conta a angustiante história de um grupo de prisioneiros de guerra britânicos que são forçados pelos japoneses a construir uma ferrovia na Birmânia. O longa oferece um relato ficcional da construção de uma ponte ferroviária da vida real por uma força de trabalho de 60.000 prisioneiros de guerra aliados.
“Não pode haver dúvida sobre a grandeza deste filme penetrante e marcante; sem dúvida, aqui está o melhor e, muito provavelmente, o mais honesto, drama anti-guerra já feito.”, escreveu o Philadelphia Inquirer na época.
11 – Platoon
A maioria dos filmes sobre a Guerra do Vietnã lida com as ambiguidades de definir o que é certo e o que é errado. Em Platoon, de 1986, temos um exemplo claro de um conflito entre o bem e o mal, quando os sargentos interpretados por Willem Dafoe e Tom Berenger lutam contra a personagem de Charlie Sheen, um recruta novato.
A história acompanha um recruta idealista, desde o treinamento até a batalha, de fato. Assim como em outros títulos sobre o tema, Platoon conta como indivíduos psicopatas podem manipular pessoas e incentivá-los a prejudicar outras pessoas das formas mais horrendas possíveis. Intenso e perturbador.
10 – Falcão Negro Em Perigo (Black Hawk Down)
Falcão Negro Em Perigo, de 2001, fala sobre ma operação militar americana em 1993, na cidade de Mogadíscio, Somália. Trata-se certamente de um um dos filmes de guerra mais violentos já feitos. O filme descreve brilhantemente os eventos reais do que era pra ser uma simples operação de entrega de suprimentos ao país africano, durante a qual as forças humanitárias são inesperadamente atacadas atrás das linhas inimigas.
O diretor equilibra delicadamente seu elenco, que inclui muitos dos jovens atores mais proeminentes do início do século XXI. Josh Hartnett tem o melhor desempenho de sua carreira como sargento Matt Eversmann, que é forçado a assumir um papel de liderança depois que seu tenente é morto em combate.
O filme também apresenta uma das trilhas sonoras mais exclusivas de Hans Zimmer. Épica, pra dizer o mínimo. Mesmo os que não são fãs do gênero ficarão surpresos pela qualidade musical do longa.
9 – O Barco: Inferno No Mar (Das Boot)
Todos os filmes anteriormente apresentados nesta lista são incomparáveis à obra-prima monumental que é O Barco: Inferno No Mar, de 1981. Esta odisséia de 210 minutos segue a tripulação de um U-boat alemão na Segunda Guerra Mundial caçando navios aliados, até que, afinal, eles mesmos se tornam a caça. Agora, precisam também encontrar uma maneira de sobreviver aos horrores da guerra em alto mar para enfim, voltar pra casa.
8 – Apocalypse Now
Apocalypse Now, de 1979, apresenta algumas das cenas mais icônicas não apenas na história dos filmes de guerra, mas na história geral dos filmes. Há inúmeros momentos memoráveis, diálogos inesquecíveis e cenas de batalha espetaculares. Esta é, sem dúvida, a obra-prima de Francis Ford Coppola.
Este filme épico está repleto de cenas infinitamente memoráveis e apresenta atuações de destaque de Robert Duvall, Lawrence Fishburne e, especialmente, Dennis Hopper. Conta ainda com a presença de um tal Harrison Ford, muito jovem, e claro, Marlon Brando.
7 – Nascido Para Matar (Full Metal Jacket)
Nascido Para Matar, de 1987, é uma obra-prima, para dizer o mínimo do mínimo. O filme é dividido em duas partes diferentes: a primeira metade conta a história de um instrutor de treinamento implacável e verbalmente abusivo. O conflito extremo entre o sargento instrutor e um dos homens tem consequências violentas, trágicas e sinistras. São cenas de, literalmente, tirar o fôlego.
Na segunda metade do filme, os homens já estão no Vietnã, em pleno exercício da guerra. O diretor Stanley Kubrick fornece visuais impressionantes, e cada cena do filme é uma verdadeira obra de arte.
6 – Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia)
Com tomadas amplas e expansivas do deserto que se estende até onde a vista alcança, Lawrence da Arábia, de 1962, é um sucesso de público em todos os sentidos da palavra. O longa narra as façanhas de T.E. Lawrence, um soldado britânico que se envolve em uma aliança que veria britânicos e árabes unirem forças contra os turcos. No entanto, quando a guerra termina, as prioridades britânicas mudam, o que muda toda a dinâmica geopolítica.
“Lawrence da Arábia” apresenta performances de alta qualidade em todos os aspectos, e toda a produção representa um esforço hercúleo do diretor David Lean. Seu trabalho foi recompensado com justiça: “Lawrence da Arábia” levou para casa sete Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor.
5 – Até o Último Homem (Hacksaw Ridge)
Inspirado em fatos reais, Até o Último Homem, de 2016, enfoca as experiências da Segunda Guerra Mundial do médico de combate Desmond Doss que, como cristão adventista do sétimo dia, recusa-se a usar ou portar uma arma de fogo. O filme é baseado no documentário de 2004 “The Conscientious Objector”. Depois de inicialmente recusar o projeto duas vezes, (ninguém menos do que) Mel Gibson finalmente concordou em dirigir o longa.
Até o Último Homem, dirigido por uma das lendas do cinema internacional, Mel Gibson. Foto: Divulgação
Andrew Garfield, no papel do soldado Doss, disse que, ao ler o roteiro pela primeira vez, chorou copiosamente. O ator passou um ano estudando para ser um padre jesuíta em preparação para o papel, além de ter perdido cerca de 20 quilos. O drama indicado ao Oscar conquistou aclamação universal após seu lançamento, ganhando elogios tanto pela direção de Gibson quanto pela performance comovente de Garfield.
4 – O Franco Atirador (The Deer Hunter)
O Franco Atirador, de 1978, o filme mais antigo dessa lista, é devastador, com atuações absolutamente perfeitas dos protagonistas Robert De Niro, Christopher Walken e John Savage. O que acontece com os três homens, que se preparam para lutar na Guerra do Vietnã, é uma tragédia épica. Os homens são capturados pelo exército norte-vietnamita e transformados em prisioneiros de guerra. Os três passam a viver em covas imundas, onde sofrem os piores e mais brutais castigos.
O Franco Atirador, de 1978. Muitas cenas deste clássico, mais tarde, foram imitadas por outros filmes e produções. Foto: Divulgação
Como outros grandes filmes da Guerra do Vietnã, “O Franco Atirador” retrata o exército e a guerra como locais onde a loucura e a insanidade são inerentes. O retrato do longa da violência e do caos da guerra é ao mesmo tempo horripilante e realista.
3 – Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds)
O premiadíssimo diretor Quentin Tarantino escreveu e dirigiu o imperdível Bastardos Inglórios, de 2009, contando uma história alternativa sobre a Segunda Guerra Mundial. O diretor passou mais de uma década criando o roteiro, que considerou sua obra-prima e seu melhor trabalho (à época, ao menos).
Christoph Waltz, no papel do cruel Hans Landa, fez uma performance impecável e, para a surpresa de ninguém, ganhou o Oscar. O implacável Hans Landa é uma dessas personagens que a audiência ama odiá-lo, ou vice-versa. Com um elenco adicional de peso, como Brad Pitt, Diane Kruger e Michael Fassbender, não é de se admirar que o filme tenha sido um tremendo sucesso de bilheteria.
2 – Coração Valente (Braveheart)
O emocionante Coração Valente, de 1995, traz a história do revolucionário escocês William Wallace para a tela pela primeira vez. Além de dirigir, Mel Gibson assume o papel principal, um camponês escocês que testemunha a brutal execução de nobres escoceses pelo exército britânico.
Wallace acumula seguidores entre os lordes escoceses que se juntam ao seu movimento, incluindo Robert de Bruce. O cruel rei Edward “Longshanks” persegue Wallace, mas o libertador desenvolve um relacionamento surpreendentemente íntimo com a princesa francesa Isabella. As enormes sequências de ação de Gibson são brutais e mostram as adversidades esmagadoras que os rebeldes escoceses enfrentaram. Extremamente emocionante.
1 – O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan)
Steven Spielberg tem realmente talento para retratar a Segunda Guerra Mundial de forma épica. Dirigido pelo diretor, O Resgate do Soldado Ryan, de 1998, se passa durante a invasão da Normandia e segue um grupo de soldados americanos através da França. Seu objetivo? Ir atrás das linhas inimigas para resgatar um pára-quedista cujos irmãos foram mortos em combate. O emocionante filme é estrelado por uma miríade de protagonistas distintos, incluindo Tom Hanks, Edward Burns e Matt Damon.
“Acho que a Segunda Guerra Mundial é o evento mais significativo dos últimos 100 anos”, disse Spielberg sobre sua paixão pelo tema. O vencedor do Oscar como melhor diretor em “O Resgate do Soldado Ryan” é frequentemente citado como um dos mais influentes diretores no gênero de filme de guerra e ação, e é creditado por renovar o interesse da mídia na Segunda Guerra Mundial.
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