Não é de hoje o interesse das grandes potências na região da Amazônia, em especial os Estados Unidos. Na manhã desta segunda-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o ex-senador Bill Nelson, administrador da NASA, e a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, para discutir a cooperação bilateral na área espacial e possíveis ações conjuntas no combate ao desmatamento.
Durante o encontro, o administrador da NASA presenteou Lula com fotografias espaciais do acervo da agência e expressou a vontade de apoiar a política brasileira de combate ao desmatamento.
Uma das possibilidades discutidas foi o uso de novas aeronaves com tecnologia avançada para captar imagens precisas de queimadas, desgaste dos solos e depósitos de sedimentos no oceano, ao longo do rio Amazonas.
O presidente Lula, por sua vez, destacou a importância de reforçar a educação ambiental nas escolas e buscar formas de desenvolvimento sustentável para as comunidades que vivem nas florestas.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, também participou do encontro e enfatizou a longa história de cooperação na área espacial entre Brasil e EUA desde os anos 1980.
“A Amazônia não é só nossa”
Em Abril, Lula defendeu a abertura da Amazônia para o mundo. A finalidade da abertura, segundo o presidente, deveria ser pesquisa e exploração. Enfatizou que esta última fosse feita “da forma mais inteligente possível, aquilo que pode ser transformado em riqueza para o país”. Contudo, a declaração não parou por aí. Lula foi além e disse que a Amazônia “não é só nossa” e que outros países também têm parte do território.