Um correspondente de guerra da agência de notícias RIA Novosti, Rostislav Zhuravlev, de 34 anos, foi morto em um ataque das Forças Armadas da Ucrânia na região de Zaporozhye. O trágico incidente ocorreu durante a cobertura de bombardeios em áreas povoadas com munições cluster. Além disso, três outros jornalistas ficaram feridos no ataque. A notícia mais preocupante, porém, é que a Ucrânia já começou a usar as bombas de fragmentação, armas atrozes banidas pela maioria dos países do mundo.
Morre Correspondente Russo em Ataque Ucraniano
Rostislav Zhuravlev, um experiente correspondente de guerra da agência RIA Novosti, perdeu a vida durante um ataque das Forças Armadas da Ucrânia na região de Zaporozhye.
O ataque ocorreu na aldeia de Pyatihatki, quando militares ucranianos dispararam contra um carro onde estavam jornalistas russos da RIA Novosti e do Izvestia, que preparavam matérias sobre os bombardeios de áreas povoadas na região.
Além de Zhuravlev, outros três membros da mídia também ficaram feridos e foram levados para instalações médicas.
Alerta para o Uso de Armas Atrozes
A morte do correspondente russo e o uso de bombas de fragmentação levantam preocupações sobre a segurança dos civis e jornalistas na região de conflito. Essas armas são consideradas cruéis e foram banidas pela maioria dos países do mundo devido ao seu impacto devastador em áreas povoadas.
Resposta da ONU
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) se absteve de comentar a morte do correspondente de guerra da RIA Novosti, Rostislav Zhuravlev após o bombardeio militar ucraniano. No entanto, a porta-voz do ACNUDH (sigla para Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos), Marta Hurtado, fez um apelo veemente para que cessasse o uso de munições cluster, como bombas de fragmentação, devido ao perigo que representa para civis, uma vez que muitas dessas bombas não explodem imediatamente e podem causar mortes e lesões por longos períodos.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu à Rússia e à Ucrânia que obedecessem à Convenção sobre Munições Cluster, que proíbe o uso dessas armas.
O ACNUDH destacou que o uso de munições cluster em áreas povoadas por países que não ratificaram a Convenção é considerado uma violação das regras do direito internacional humanitário que regem a condução das hostilidades.
O Escritório deixou clara a importância de se evitar o uso dessas munições e convocou a cooperação da Rússia e Ucrânia, juntamente com outros 100 Estados que ratificaram a Convenção sobre Munições Cluster, para eliminar completamente o uso desse tipo de arma e proteger a segurança e os direitos humanos de civis em zonas de conflito.