Nesta quarta-feira, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os Estados Unidos estão preocupados com potenciais acordos de armas entre a Rússia e a Coreia do Norte. A Casa Branca alertou a Coreia do Norte contra a venda de armas e munições à Rússia para auxiliar na guerra na Ucrânia, aumentando ainda mais as tensões entre Pyongyang e Washington.
“Pedimos à RPDC que cesse as negociações de armas com a Rússia e cumpra os compromissos públicos que Pyongyang assumiu de não fornecer ou vender armas aos russos”, disse Kirby, referindo-se à Coreia do Norte pelo seu nome oficial, República Popular Democrática da Coreia.
Kirby acrescentou ainda que os EUA acreditam que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, tentou convencer Pyongyang a vender munições de artilharia a Moscou quando visitou a Coreia do Norte em julho.
Tanto a Coreia do Norte como a Rússia já negaram anteriormente as alegações dos EUA sobre armas. A Coreia do Norte, no entanto, apoia a Rússia na guerra na Ucrânia. O país insiste que a “política hegemônica” do Ocidente liderado pelos EUA forçou Moscou a tomar medidas militares para proteger os seus interesses de segurança.
Tensões entre EUA e Coreia do Norte
A Coreia do Norte está sob pesadas sanções das Nações Unidas devido aos seus programas nucleares e de mísseis balísticos. Ao mesmo tempo, a Rússia também enfrenta uma série de sanções dos EUA e do Ocidente devido à invasão da Ucrânia no ano passado.
“Qualquer tipo de cooperação em segurança ou acordo de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia violaria certamente uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, afirmou o Departamento de Estado dos EUA no último 15 de Agosto.
O último aviso dos EUA à Coreia do Norte surge num momento em que Pyongyang continua a lançar mísseis balísticos intercontinentais, desafiando Washington. Nesta semana, o país conduziu uma simulação de ataque nuclear ao estilo “terra arrasada” contra alvos em toda a Coreia do Sul.
A Coreia do Norte realizou o seu primeiro teste de armas nucleares em 2006, violando uma proibição internacional. Desde então, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade inúmeras resoluções que impuseram pesadas sanções ao país.
Fonte: Al Jazeera