Na segunda-feira (14/8), o presidente Lula fez uma declaração em sua conta no antigo Twitter (agora X), sugerindo que os países ricos gastariam mais de 2 trilhões de dólares em guerra no ano de 2022. Mas será que essa declaração é verdadeira? Vamos verificar a veracidade dessa informação com base nos dados do relatório Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, que analisa os gastos militares globais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido por seus discursos marcantes, mas nem sempre condizentes com a verdade (quem não lembra das 30 milhões de crianças na rua?) recentemente fez uma declaração em sua conta nas redes sociais, levantando a questão sobre os gastos em guerra por parte dos países ricos.
Lula declarou que, no ano de 2022, essas nações gastaram mais de 2 trilhões de dólares em conflitos armados. No entanto, para confirmar a veracidade dessa alegação, recorremos a informações e precisamos.
Verificação de fato
Em abril de 2023, a Revista Sociedade Militar publicou um texto que abordava os gastos militares globais de 2022. Segundo o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), um instituto de pesquisa respeitado na área de estudos para a paz, o gasto militar global em 2022 realmente consome um recorde histórico de US$ 2.240 trilhões. Isso representa um aumento de 3,7% em relação a 2021. Portanto, é válido afirmar que, de acordo com dados verificáveis, o valor mencionado por Lula não é um exagero.
Esse aumento nos gastos militares é atribuído principalmente à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que impactou os orçamentos de defesa de várias nações, incluindo Estados Unidos, China, Rússia, Ucrânia e diversos países europeus. Os Estados Unidos permanecem como o maior gastador militar do mundo, com um orçamento de defesa de US$ 778 bilhões em 2022, representando um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior.
A Rússia viu seus gastos militares crescerem cerca de 9,2% em 2022, totalizando cerca de US$ 86,4 bilhões. A Ucrânia, por sua vez, registrou um aumento impressionante de 640% em seus gastos militares, chegando a US$ 44 bilhões, devido à escalada do conflito e aos danos sofridos relacionados à guerra.
A China também se destacou como o segundo maior gastador militar, com um orçamento de US$ 292 bilhões em 2022, um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. Os gastos militares da China vêm aumentando continuamente nos últimos 28 anos. Além disso, o Japão viu seus gastos militares crescerem em 5,9%, atingindo US$ 46 bilhões em 2022, o nível mais alto desde 1960, devido a uma estratégia de segurança nacional que buscava fortalecer suas capacidades diante de ameaças regionais.
Os dados do SIPRI confirmam que os gastos militares globais em 2022 atingiram a marca de US$ 2.240 trilhões, validando a afirmação feita pelo ex-presidente Lula. O aumento desses gastos, influenciado principalmente pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, reflete a preocupação com a segurança e o cenário geopolítico atual. Portanto, é essencial verificar as informações com base em fontes seguras, como o SIPRI, para entender a realidade dos gastos militares no mundo.