O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, introduziu um tom conciliador na relação do governo com as Forças Armadas, enfatizando sua importância para o país. Em uma postagem no X (antigo Twitter), Dino destacou os serviços prestados pelas Forças Armadas. Além disso, em encontro com o ministro da Defesa, José Múcio, isentou de culpa os militares, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter dado ordens equivocadas ou feito com que “alguns membros das Forças Armadas tenham cometido erros ou crimes”, não devendo confundir comportamentos individuais com a instituição.
O tom conciliador, entretanto, tem enfrentado obstáculos entre aqueles que o apoiam, inclusive como um dos principais nomes da esquerda para disputar as eleições presidenciais de 2026. Flávio Dino tem sido alvo de críticas de setores da militância por não adotar uma posição mais firme e combativa contra as Forças Armadas.
A militância mais radical vem pressionando o ministro e o ex-governador do Maranhão para que ele não busque uma conciliação com as Forças Armadas, vista como participantes dos atos do dia 8 de janeiro em Brasília. Esses atos teriam sido uma tentativa de impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
CPMI investiga omissão de Flávio Dino em incidentes, que enfrenta questionamentos
Enquanto Dino adota um tom conciliador em relação às Forças Armadas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) segue a fio e está em busca de explicação sobre a suposta omissão do ministro durante os incidentes ocorridos. Há suspeitas de que membros da Força Nacional, subordinados a Dino, não tiveram acesso rápido para conter os eventos de vandalismo, demorando a dar uma resposta.
Imagens mostram que os soldados da Força Nacional e o próprio ministro Dino estavam presentes enquanto os atos de vandalismo aconteciam, mas não agiram imediatamente. Isso gerou suspeitas de que eles não fizeram o suficiente para impedir a situação. Muitas pessoas acreditam que os vídeos da situação estão sendo mantidos em segredo pelo Ministério da Justiça. A CPMI cobra a entrega integral das imagens.
Discussão atual da CPMI
A CPMI agora trava uma luta para obter acesso a todas as imagens das câmeras de segurança do local e assim saber quantos membros da Força Nacional (subordinados a Flávio Dino) estavam presentes e o que eles estavam fazendo. Alguns membros do governo não estão cooperando com as investigações, dente eles, o próprio o ministro da Justiça e Segurança Pública.