Em um movimento surpreendente, o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu retirar o Grupo Wagner, um contingente de mercenários, da Ucrânia. Esta decisão culminou com o assassinato de Yevgeny Prigozhin, proprietário do grupo e figura central na operação militar russa na Ucrânia.
Desde o início da invasão russa na Ucrânia, o conflito passou por várias fases. A terceira fase, que se estendeu até junho, foi marcada pela atuação do Grupo Wagner, que empregou métodos controversos, incluindo o uso de “ondas humanas” compostas por presidiários recrutados em prisões russas. Estes presidiários, com treinamento militar limitado, foram lançados contra defesas ucranianas bem estabelecidas, com o objetivo principal de desgastá-las. Posteriormente, mercenários profissionais avançaram, aproveitando as brechas criadas.
Os métodos empregados pelo Grupo Wagner, embora eficazes em termos militares, foram amplamente criticados por sua natureza reprovável. No entanto, foi a única estratégia que resultou em avanços significativos para a Rússia desde julho de 2022. Com a retirada do grupo e a eliminação de Prigozhin, a Rússia agora depende exclusivamente de suas unidades regulares, que não conseguiram grandes vitórias desde a captura de Luganski em julho de 2022.
A motivação por trás da decisão de Putin de retirar o Grupo Wagner e eliminar Prigozhin permanece incerta. No entanto, o que é claro é que a Rússia perdeu sua única unidade que estava alcançando objetivos tangíveis na guerra contra a Ucrânia. A situação atual sugere um cenário desafiador para a Rússia em sua campanha na Ucrânia.
Análise feita pelo canal no YouTube Hoje no Mundo Militar.