Nesta quarta-feira, dia 20, o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, e o Partido Comunista da China, o PCCh, do presidente chinês Xi Jinping, devem assinar um acordo de “cooperação internacional”. A solenidade acontecerá na sede nacional do PT, em Brasília, reunindo lideranças políticas petistas e chinesas.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann será a representante do partido que deve assinar o documento.
O acordo tem como objetivo primordial “aprofundar as relações políticas entre os dois países”. A ideia seria incentivar uma colaboração profunda em “diversas áreas sociopolíticas”. Ao mesmo tempo, pretende solidificar os laços bilaterais entre as nações do Brasil e da China.
Objetivos do acordo não são claros
Para os analistas, o histórico do Partido Comunista da China, especialmente em relação aos direitos humanos, é motivo de debate e preocupação. Por isso, o acordo está sendo alvo de controvérsias e intensos debates no Twitter.
Eventos recentes, como a imposição da chamada Lei de Segurança Nacional em Hong Kong, em 2020, levantaram preocupações sobre a preservação das liberdades civis e políticas na região. Posteriormente a criação da lei foram realizados vários protestos na cidade, resultando em detenções em massa de ativistas pró-democracia.
O Partido Comunista da China mantem um rígido controle sobre a internet e a mídia não apenas em Hong Kong, mas como em todo território chinês. O país, inclusive, bloqueia o acesso a inúmeros sites e redes sociais estrangeiros, restringindo a liberdade de expressão.
Devido a isso, muitas pessoas tem se preocupado com as razões pelas quais o partido que controla a China e o partido do presidente do Brasil estejam assinando esse acordo.