De janeiro a agosto deste ano, o superávit comercial do Brasil com a China acumulou um total de US$ 33,148 bilhões. A marca supera em quase U$ 5 bilhões os US$ 28,684 bilhões registrados em todo o ano de 2022.
Assim, se a tendência dos primeiros oito meses deste ano se mantiver, o superávit brasileiro em relação ao país asiático poderá atingir o maior nível da história.
Em meio a esse superávit recorde, uma tendência nos dados comerciais China-Brasil chamou a atenção: somente quatro produtos respondem por mais de 84% das exportações do Brasil para a China. Soja, petróleo, minério de ferro e carne bovina são os produtos mais vendidos aos chineses.
Os dados ilustram sobretudo que as exportações do Brasil para a China continuam focadas em minerais de baixo valor agregado, além de produtos agrícolas e pecuários.
Commodities em troca de industrializados
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, a Secex, até o final de agosto deste ano, as exportações totais do Brasil para a China foram de US$ 67,883 bilhões, um aumento de 6% em relação no mesmo período de 2022.
As exportações do Brasil concentram-se principalmente em produtos básicos e matérias-primas. Já as importações de produtos chineses consistem principalmente de produtos manufaturados. Nos primeiros oito meses deste ano, os cinco produtos vendidos pela China ao Brasil foram principalmente:
- válvulas e tubos termelétricos – US$ 3,8 bilhões;
- equipamentos de telecomunicações – US$ 2,13 bilhões;
- produtos compostos orgânicos e inorgânicos – US$ 1,93 bilhão;
- manufaturados. outros tipos de produtos – US$ 1,71 bilhão
- equipamentos mecânicos e produtos elétricos – US$ 1,027 bilhão.
Os dados mostraram ainda que as exportações para a China representaram 30,2% do total das exportações brasileiras. No ano passado, esse número correspondia a 26,8%.
Fonte: China2Brazil