O portal G1 trouxe nesta quinta-feira (19) uma atualização do caso de roubo das armas de alto calibre do quartel em Barueri (SP). Na mais recente reviravolta do escândalo que está abalando a confiança no Exército brasileiro, 21 metralhadoras desapareceram do Arsenal de Guerra de Barueri, em São Paulo.
Como se isso não fosse suficientemente preocupante, a suspeita crescente é que pelo menos três militares do quartel possam ter participado do furto a pedido de facções criminosas.
As armas, metralhadoras calibre .50 e calibre 7,62, foram oferecidas ao Comando Vermelho (CV) por valores muito altos, chegando a R$180 mil cada.
O crime ocorreu no feriado de 7 de setembro e é considerado o maior desvio de armas da história do Exército. O Exército está investigando o caso e cerca de 160 militares estão retidos no quartel.
A Polícia Civil e a Polícia Militar de São Paulo estão realizando buscas para tentar recuperar as armas e prender os responsáveis. Até o momento, ninguém foi preso e as armas não foram recuperadas.
Entenda o caso:
- Furto ocorreu no feriado de 7 de setembro. No Arsenal de Guerra de Barueri, 21 metralhadoras, incluindo 13 de calibre .50 e 8 de calibre 7,62, desapareceram sem deixar rastros. O sumiço só foi notado em 10 de outubro, durante uma vistoria de rotina.
- As investigações apontam para a participação de militares no furto, sugerindo que um teria acessado as armas, outro as retirado, e um terceiro teria dirigido um caminhão militar para levá-las para fora do quartel.
- Há suspeitas de que o armamento tenha sido encomendado por facções criminosas, que poderiam estar dispostas a pagar até R$ 180 mil por cada metralhadora.
- Relatos sugerem que as câmeras de segurança do quartel foram desligadas durante o feriado de 7 de setembro para facilitar a retirada das armas.
- A polícia do Rio de Janeiro investiga se o arsenal furtado em São Paulo foi oferecido por militares envolvidos no furto a membros do Comando Vermelho (CV), uma facção criminosa atuante no estado.
- As metralhadoras de guerra furtadas têm a capacidade de derrubar aeronaves, perfurar veículos blindados e disparar até 600 tiros por minuto, com alcance de até 6 quilômetros.
- Cerca de 160 militares foram retidos no quartel de Barueri, aparentemente como parte da investigação. Parentes alegam que eles estão, na verdade, detidos, com seus celulares confiscados e limitados a 10 minutos de contato diário.
- Até o momento, nenhum suspeito foi identificado, nenhuma das armas foi recuperada, e não há confirmação de invasão à base ou gravação da retirada das armas.
O crime é considerado de extrema gravidade pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, o capitão Guilherme Derrite, pois representa um risco para a segurança pública. As armas furtadas são extremamente poderosas e podem causar grandes estragos se caírem nas mãos erradas.
O Comando Vermelho é uma das maiores facções criminosas do Brasil e tem uma forte presença no Rio de Janeiro. A possibilidade dessas armas estarem nas mãos dessa facção é alarmante.
A investigação sobre o caso está em andamento e os militares envolvidos estão sendo interrogados. No entanto, muitos detalhes ainda permanecem desconhecidos.
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