Em várias cidades ucranianas, a mesma reivindicação. As ações de protesto, organizadas pelos familiares dos militares, destinam-se a exigir a desmobilização de soldados, uma vez que muitos estão no campo de batalha há mais de ano e meio.
“Eles estão psicologicamente e fisicamente cansados. Não podem ficar desde o início da guerra a defender todos os ucranianos. Precisam de descanso“, declara Viktoriia Samoilova, que tem o pai e o marido no exército.
O que se pede é o rodízio das tropas, não a simples desmobilização, numa altura em que aumenta a pressão do exército russo em Avdivka, na região de Donetsk. Há uma petição em curso e conta já com as 25 mil assinaturas necessárias.
Na ONU, a Representação para os Assuntos de Desarmamento manifestou preocupação com a possível escalada de violência na Ucrânia devido ao fornecimento contínuo de armas.
RUSSOS SABOTAM RODÍZIO
Acontece que não é a simples e óbvia questão de que soldado cansado é meio soldado.
Uma notícia de junho deste ano do jornal Prensa_Latina diz que um grupo de tropas do oeste russo impediu quatro tentativas do exército ucraniano de realizar um rodízio de unidades na linha de frente na área de Kupiansk.
A artilharia do grupo impediu as tentativas da Ucrânia de rotacionar unidades na linha de frente dos assentamentos Dvurechnoye, Sinkovka e Novosiolovskoye, perto de Kupiansk, região de Kharkiv.
Serguei Zybinski, porta-voz de um desses grupos ucranianos acrescentou que as unidades do sistema de artilharia Msta-S também mataram duas equipes de morteiros ucranianas perto das cidades de Kislovka e Tabayevka.
Na área de Kupiansk, helicópteros de ataque Ka-52 e Mi-28 e caças Su-25 do Western Aviation Group realizaram 11 ataques contra nove áreas de acúmulo de pessoal, armas, equipamentos militares e especiais da 14ª Brigada Mecanizada e da 103ª Brigada Territorial Brigada de Defesa, disse ele.
Texto de JB Reis